O Barcelona teve o limite salarial da LaLiga reduzido em 112 milhões de euros, caindo de 463 milhões de euros para 351 milhões de euros, segundo informações divulgadas pelo jornal norte-americano The New York Times. Esse valor representa o teto de gastos que o clube pode ter com salários de jogadores e comissão técnica.
A principal razão para a queda foi a recusa dos auditores atuais em validar como receita 100 milhões de euros que o clube declarou ter recebido. O valor vinha da venda antecipada de 25 anos de receitas futuras dos 475 camarotes VIP do Camp Nou, estádio que está em reforma.
Em 2024, outro auditor aceitou essa operação, mas o auditor atual não reconheceu os recursos. Com isso, a LaLiga desconsiderou o montante no cálculo e reduziu o limite. Segundo o diretor-geral da federação espanhola, Javier Gomez, essa diferença explica quase toda a perda do Barcelona no novo teto salarial.
A divergência entre os auditores colocou o clube fora das regras da liga durante a última janela de transferências, mas o Barcelona ainda conseguiu registrar novos reforços, como o goleiro Joan Garcia, o atacante Roony Bardaghji e o empréstimo de Marcus Rashford.
Além disso, o clube enfrenta queda de receita por não poder usar o Camp Nou durante as obras. Atualmente, o Barcelona joga no estádio Johan Cruyff, com capacidade para apenas 6 mil torcedores, e alterna partidas maiores no estádio de Montjuic.
Outro problema é que parte do dinheiro dos camarotes ainda não entrou: a NEVG, empresa do moldavo Ruslan Birladeanu, pagou apenas 28 milhões de euros dos 70 milhões de euros prometidos.
O retorno ao Camp Nou, esperado para 2025, deve ajudar a equilibrar a situação. A direção acredita que a volta da arrecadação em jogos e o reconhecimento da operação dos camarotes pelos auditores podem restabelecer o limite salarial.
Na comparação com rivais, o Real Madrid lidera a lista com 761 milhões de euros, seguido pelo Barcelona com 351 milhões de euros e pelo Atlético de Madrid com 327 milhões de euros.