O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Herman Benjamin, 68 anos, afirmou ao Poder360 que magistrados devem ser contidos em público e na relação com a imprensa. Avalia que “juiz falante perde um pouco da sua legitimidade”.
O magistrado havia sido questionado sobre o fato de dar poucas entrevistas. Respondeu o seguinte: “Acho que nós, juízes, temos que ser muito contidos. Juiz falante já pede um pouco da sua legitimidade. Mas, como chefe da instituição, vez ou outra, é importante ter esse contato porque esse é um tribunal que tem relevância nacional”.
Leia outros destaques da entrevista de Herman Benjamin ao Poder360 na 5ª feira (4.dez.2025):
Herman Benjamin tomou posse como presidente do STJ em 22 de agosto de 2024. É natural de Catolé do Rocha (PB). Foi indicado ao Tribunal por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006. Antes de ser ministro, foi do Ministério Público de São Paulo por 24 anos.
O gabinete de Benjamin é decorado com várias imagens do Sebastião Salgado (1944-2025). Em entrevista publicada no site do STJ em agosto de 2024, o fotógrafo elogiou o magistrado: “Herman é uma pessoa de qualidades humanas e éticas fora do comum. As maiores preocupações dele, sem dúvida, são as ambientais, humanas e sociais”.
A foto de Salgado que Benjamin mais gosta está emoldurada no gabinete. Mostra o rio Jaú, a floresta ao fundo e o reflexo na água. “Pode ser virada ao contrário e continua igual. Acho que mostra a dualidade da vida“, explicou.
Benjamin tem o hábito de tomar chá. Faz questão de oferecer aos convidados. Declarou que só toma “chá de ervas”. Às terças e quintas é servido no STJ um chá de abacaxi, gengibre e açúcar. Caiu no gosto de ministros e assessores, mas essa tradição não veio de Benjamin. Surgiu na presidência de Humberto Martins, de 2020 a 2022.
Ele integra a Corte Especial, formada pelos 15 ministros mais antigos do STJ. O magistrado também fez parte do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ganhou destaque em 2017 ao relatar e votar pelo pedido de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. Foi voto vencido.
O magistrado é formado em direito pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). É doutor pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ao longo de sua carreira, especializou-se em direito ambiental e direito do consumidor.
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