• Sábado, 22 de novembro de 2025

Jards Macalé foi autor de uma das músicas mais importantes da MBP

Cantor e compositor morreu nesta segunda-feira (17/11) no Rio de Janeiro. Na MPB, deixou um legado de grandes composições e colaborações

A MPB se despediu nesta segunda-feira (17/11) do cantor e compositor Jards Macalé, uma das figuras mais inventivas e influentes da música de vanguarda carioca. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, ele escreveu clássicos do gênero e colaborou com artistas como Gal Costa, Caetano Veloso e Maria Bethânia. . Macalé estava internado em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando sofreu uma parada cardíaca. Leia também “Jards Macalé nos deixou hoje”, inicia o comunicado. “Chegou a acordar de uma cirurgia cantando Meu Nome é Gal, com toda a energia e bom humor que sempre teve. Cante, cante, cante. É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade. Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos. Em breve informaremos detalhes sobre o funeral”, diz o texto publicado no Instagram do artista. 6 imagens Cantor e compositor Jards MacaléCantor e compositor Jards MacaléCantor e compositor Jards MacaléCantor e compositor Jards MacaléCantor e compositor Jards MacaléFechar modal. 1 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução/Globo 2 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução/Globo 3 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução/Globo 4 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução 5 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução/Veja 6 de 6 Cantor e compositor Jards Macalé Reprodução Conhecido como o Anjo Torto da MPB, Macalé deu vida a canções que marcaram época nas vozes de Gal Costa e Maria Bethânia, como Hotel das Estrelas, Mal Secreto e . Esta última se tornou peça-chave do álbum Fa-Tal – Gal a Todo Vapor, considerado um dos discos mais importantes da música brasileira e da carreira de Gal. Macalé também ficou conhecido por suas parcerias com Waly Salomão, Torquato Neto e José Carlos Capinan. Além disso, foi produtor e violonista de Transa, álbum icônico de Caetano Veloso. Lançado em 1971, o disco — que traz arranjos de Macalé e Waly Salomão — figura entre os dez mais importantes da música brasileira, segundo a Rolling Stone. Caetano sempre exaltou o processo criativo do álbum. “Era um trabalho orgânico, espontâneo, e meu primeiro disco de grupo, gravado quase como um show ao vivo”, disse ao Jornal do Brasil à época. “Foi Transa que me deu coragem de fazer os trabalhos. É a primeira vez que uma música brasileira toca compassos de reggae, uma vinheta no começo e no fim. Muito antes de John Lennon, Mick Jagger e até Paul McCartney. Eu e Péricles Cavalcanti descobrimos o reggae em Portobello Road e me encantou logo”, afirmou Caetano. “Bob Marley & The Wailers foram a melhor coisa dos anos 70. Gosto do disco todo. Como gravação, a melhor é Triste Bahia. Tem Mora na Filosofia, que é um grande samba, uma grande letra, e Monsueto é um gênio. Me orgulho imensamente deste som que a gente tirou em grupo”, completou o compositor.
Por: Metrópoles

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