O Ministério das Relações Exteriores pediu nesta 5ª feira (2.out.2025) a liberação imediata dos brasileiros detidos pelas forças de Israel quando estavam em flotilha a caminho da Faixa de Gaza. Em nota, o Itamaraty condenou a ação israelense e disse que a flotilha tem “caráter pacífico”
Há 15 brasileiros nas embarcações que foram interceptadas por Israel na 4ª feira (1º.out), dentre eles a deputada Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv já foi notificada sobre a “inconformidade” do governo federal.
“O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, a interceptação ilegal e a detenção arbitrária, por Israel, na última madrugada, em águas internacionais, das embarcações que integram a ‘Flotilha Global Sumud’, assim como a detenção ilegal de ativistas pacíficos. […] O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores de direitos humanos detidos”, diz o MRE em nota.
A diplomacia brasileira também afirmou que a interceptação pela marinha israelense configura “grave violação do direito internacional” e que as operações em prol do envio de ajuda humanitária a Gaza deveriam ser “autorizadas e facilitadas”. Segundo o Itamaraty, o bloqueio viola o direito internacional humanitário.
“O Brasil expressa sua posição de que Israel deverá ser responsabilizado por quaisquer atos ilegais e violentos cometidos contra a Flotilha e contra os ativistas pacíficos que dela participam e deverá assegurar sua segurança, o bem-estar e integridade física enquanto permanecerem sob a custódia de autoridades israelenses”, finaliza o comunicado.
Em publicação no X (ex-Twitter), a equipe da deputada Luizianne afirmou que as forças armadas de Israel “sequestraram” a congressista de maneira “ilegal e autoritária”.
A deputada também compartilhou um vídeo dizendo que, se a gravação estivesse circulando, era porque havia sido “sequestrada pelas forças de ocupação israelenses”.