• Sábado, 11 de outubro de 2025

Israel transfere presos palestinos enquanto Hamas reúne reféns

Medida integra acordo de paz intermediado por Trump; governo afirma que libertação simboliza “grande conquista”.

O governo de Israel iniciou neste sábado (11.out.2025) a transferência de prisioneiros palestinos para as prisões Ofer, na Cisjordânia ocupada, e Ketziot, no deserto de Negev, no sul do país. A medida faz parte do cumprimento da 1ª fase do acordo de paz aprovado nesta semana, mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

Os prisioneiros permanecerão detidos nessas prisões até que os líderes israelenses autorizem a retomada da operação. Segundo o Serviço Prisional de Israel, milhares de agentes de segurança participaram da operação e os prisioneiros devem ser liberados até a 2ª feira (13.out).

Depois da retirada das principais áreas urbanas de Gaza, concluída na 6ª feira (10.out), as forças israelenses passaram a controlar cerca de metade do território. A partir desse momento, começou a contar o prazo de 72 horas para que o Hamas liberte seus reféns.

Em declaração, publicada na 6ª feira (10.out.2025), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o atual estágio do plano de paz tem como foco principal a libertação dos reféns. “Marcamos hoje uma das grandes conquistas da Guerra da Redenção: o retorno de todos os reféns, vivos e mortos. Essa foi uma meta crucial que mantivemos ao longo de toda a guerra”, disse.

Segundo ele, os corpos das vítimas serão entregues às famílias para sepultamento religioso em Israel.

Netanyahu agradeceu a Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner pela mediação que levou à aprovação do plano. Segundo ele, a combinação da atuação diplomática da equipe norte-americana com a pressão militar e política sobre o Hamas foi decisiva para que o acordo fosse firmado.

O premiê afirmou ainda que enfrentou forte pressão interna e externa para evitar ações militares em Rafah e no Corredor Filadélfia, além de apelos internacionais para encerrar a guerra e retirar as tropas da Faixa de Gaza. Segundo o líder israelense, ele resistiu a essas pressões por considerar que a prioridade era garantir a segurança de Israel, libertar os reféns, eliminar as ameaças de mísseis e nucleares do Irã e enfraquecer o eixo de influência iraniana na região, do qual o Hamas faz parte.

A Defesa Civil de Gaza informou na 6ª feira (10.out.2025) que cerca de 200 mil pessoas voltaram ao norte do território palestino desde o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor ao meio-dia (6h em Brasília).

“Aproximadamente 200.000 pessoas voltaram ao norte de Gaza hoje”, disse o porta-voz da agência de defesa civil de Gaza, Mahmud Basal. As informações são do Times of Israel.

Assista (4min23s):

Por: Poder360

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