• Terça-feira, 18 de março de 2025

Israel lança ofensiva contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza

Operação marca 1ª grande ação militar desde o cessar-fogo iniciado em janeiro; grupo extremista fala em "consequências".

As FDI (Forças de Defesa de Israel) realizaram uma série de ataques contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza na madrugada de 3ª feira (18.mar.2025), no horário local —noite de 2ª feira (17.mar) no Brasil. Esta é a 1ª grande ofensiva israelense na região desde o início do cessar-fogo, em janeiro.

O governo israelense afirmou que os bombardeios atingiram locais controlados pelo Hamas e que a operação contou com apoio da Agência de Segurança de Israel, órgão de inteligência do país.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os ataques foram ordenados depois de o Hamas se recusar a libertar reféns mantidos em Gaza e rejeitar propostas de negociação.

“Israel, a partir de agora, agirá contra o Hamas com força militar crescente. O plano operacional foi apresentado pelas FDI no fim de semana e aprovado pela liderança política”, escreveu o gabinete de Netanyahu no X (ex-Twitter).

As explosões foram registradas em áreas como Cidade de Gaza, Deir Al-Balah (centro), Rafah e Khan Younis (sul). Pelo menos 30 palestinos foram mortos nos ataques, disseram médicos à agência de notícias Reuters.

Em nota divulgada no Telegram, o grupo extremista atribuiu a Netanyahu a responsabilidade por todas as “consequências” decorrentes do ataque desta 2ª feira (17.mar). Além disso, pediu que a ONU e o Conselho de Segurança realizem uma reunião de emergência.

“Netanyahu e seu governo extremista tomam a decisão de reverter o acordo de cessar-fogo, colocando os prisioneiros em Gaza em um destino incerto […] Exigimos que os mediadores responsabilizem Netanyahu e a ocupação sionista pela violação do acordo e sua inversão”, escreveu o Hamas.

O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor em 19 de janeiro e previa 3 etapas: interrupção dos ataques, troca de reféns mantidos pelo grupo palestino por prisioneiros detidos em Israel e a retomada das negociações.

A 1ª fase da trégua terminou em 1º de março, e as partes tentaram negociar uma extensão, mas não chegaram a um acordo. Como consequência, Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

A 2ª fase das negociações incluiria a libertação de reféns sobreviventes e a retirada das tropas israelenses do território. A 3ª etapa trataria da devolução dos corpos dos reféns mortos. De acordo com Israel, 59 reféns ainda permanecem em Gaza. Segundo o país, 24 deles estão vivos.

Por: Poder360

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