O Exército de Israel anunciou nesta 3ª feira (17.jun.2025) ter matado Ali Shadmani, principal comandante militar do Irã e chefe do Estado-Maior em tempos de guerra. O assassinato foi executado durante um bombardeio noturno contra um centro de comando em Teerã. A operação militar se deu no 5º dia do atual conflito entre Israel e Irã.
A informação foi divulgada pelas IDF (Forças de Defesa de Israel), que descreveram Shadmani como a figura militar mais próxima do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.
“Pela 2ª vez em 5 dias, as IDF eliminaram o Chefe do Estado-Maior do Irã em tempos de guerra, o principal comandante militar do regime. Ali Shadmani, o oficial militar mais graduado do Irã e o conselheiro militar mais próximo de Khamenei, foi morto em um ataque da IAF (Força Aérea de Israel) no centro de Teerã, após informações precisas de inteligência.”, informou o comunicado.
Shadmani comandou tanto os Guardiões da Revolução Islâmica, quanto as forças armadas iranianas, ocupando posição estratégica na hierarquia militar do Irã.
O comunicado militar israelense não mencionou informações sobre possíveis baixas civis resultantes do bombardeio em Teerã. Também não há detalhes sobre a resposta oficial do governo iraniano à morte de Shadmani.
Na 2ª feira (16.jun), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), pediu que os moradores de Teerã deixassem a cidade “imediatamente”. Os países do G7, reunidos em encontro de cúpula no Canadá, defenderam que a “resolução da crise iraniana leve a uma desescalada mais ampla das hostilidades no Oriente Médio“.
A ofensiva de Israel começou na 6ª feira (13.jun.2025), no horário local. Tel Aviv afirma que o Irã está avançando no desenvolvimento de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.
A Guarda Revolucionária do Irã declarou que os ataques tinham como alvo instalações militares israelenses usadas para bombardear o território iraniano.
O confronto representa a maior escalada em décadas nas relações entre Irã e Israel, aumentando os temores de um conflito regional mais amplo, com possível envolvimento dos EUA e de outras potências globais.