O resgate da brasileira Juliana Marins, que caiu em uma área de difícil acesso a cerca de 300 metros da trilha principal do vulcão Rinjani, na Indonésia, na 6ª feira (20.jun.2025), foi interrompido mais uma vez nesta 2ª feira (23.jun) por causa de condições climáticas adversas.
No perfil do Instagram criado pela família da jovem para dar notícias sobre o resgate, os familiares disseram que, mesmo com as buscas temporariamente paralisadas, uma equipe de suporte estava se deslocando para se juntar aos que já estão no local. Ainda assim, a família critica a demora no resgate.
“Às 16h do horário local, o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite. Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 m abaixo, faltavam 350 m para chegar a Juliana e eles recuaram mais uma vez”, disseram na publicação.
As operações de busca enfrentam diversos obstáculos. No sábado (21.jun), as atividades foram suspensas porque a montanha estava escorregadia, comprometendo a segurança das equipes. No domingo (22.jun), foram interrompidas por causa das condições climáticas.
Juliana realizava uma trilha programada para durar 3 dias e 2 noites. A atividade havia sido organizada por uma agência local na Indonésia, onde a brasileira se encontra como parte de uma viagem pela Ásia iniciada no final de fevereiro.
O Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) disse que monitora o caso por meio da embaixada brasileira em Jacarta.
Eis a íntegra da nota do Itamaraty:
“Equipes do Agência de Busca e Salvamento da Indonésia iniciaram há pouco o terceiro dia do esforço de resgate de turista brasileira no Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. De acordo com informações recebidas pela equipe, a turista teria caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão.
“Desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo. O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos.
“Dois funcionários da embaixada deslocam-se hoje para o local com o objetivo de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate, que foi dificultado, no dia de ontem, por condições meteorológicas e de visibilidade adversas.
“O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani.”