O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte condenou nesta 2ª feira (23.jun.2025) o ataque dos Estados Unidos no sábado (21.jun) a instalações nucleares do Irã. Em declaração à agência estatal Kcna, um porta-voz do ministério disse que a ofensiva “atropelou violentamente” a integridade territorial iraniana e que o governo norte-americano violou a carta da ONU (Organização das Nações Unidas).
“As ações de Israel e dos EUA estão amplificando sérias preocupações, pois agravaram ainda mais a tensão no Oriente Médio e trouxeram sérias consequências negativas para a estrutura de segurança global”, afirmou a diplomacia norte-coreana.
O porta-voz do ministério pediu que os demais países levantem a “voz de censura e rejeição” contra os ataques israelenses e norte-americanos. A Coreia do Norte culpou a “ordem livre ao estilo ocidental” que teria tolerado e encorajado as ações de Israel com os países do Oriente Médio.
O governo norte-coreano se junta a China, Venezuela, Rússia, Brasil e outros países que condenaram os ataques dos EUA. Outras nações, como Reino Unido, Itália e Arábia Saudita, não repudiaram a ofensiva, mas pediram moderação e alertaram para o risco de uma escalada na guerra.
A Coreia do Norte tem relações ruins com os EUA. Em 2016, testes norte-coreanos com mísseis balísticos e sanções do então presidente norte-americano Barack Obama (Partido Democrata) chamaram a atenção do mundo para o risco de um conflito entre os 2 países.
Em seu 1º mandato em 2017, o atual presidente Donald Trump (Partido Republicano) retomou o diálogo com a Coreia do Norte e chegou a se encontrar o líder do país asiático, Kim Jong-un.
Mesmo com um aceno positivo da retórica de Trump, os 2 países mantêm relações hostis na diplomacia. Os embates comerciais entre os EUA e a China também afastam o diálogo com o governo de Kim Jong-un, visto que os chineses são os principais aliados da Coreia do Norte.
