• Sexta-feira, 14 de março de 2025

IBGE: setor de serviços recua 0,2% em janeiro, puxado por transportes

No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o setor de serviços registra alta de 2,9%, segundo dados do IBGE

O volume de no Brasil recuou 0,2% em janeiro deste ano, em comparação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, registra alta de 2,9%. O resultado adverso de janeiro foi puxado, principalmente, pelos serviços de transportes, que tiveram desempenho negativo e caíram 1,8%. É o que dizem os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística () nesta quinta-feira (13/3). Vale destacar que o desempenho do setor de serviços veio dentro das projeções do mercado financeiro. O setor de serviços no Brasil A Pesquisa Mensal de Serviços monitora a receita bruta de serviços nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores. São excluídas as áreas de saúde e educação. A próxima divulgação da PMS referente a janeiro será em 10 de abril. Em 2024, o volume de serviços fechou com alta de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento. Em janeiro, três das cinco atividades tiveram resultados negativos. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, avalia que, apesar da variação negativa em janeiro, “o desempenho do setor de serviços ficou próximo da estabilidade”. “Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação”, analisa Lobo. Contribuíram para o resultado de janeiro: serviços de transportes, com retração de 1,8%; serviços prestados às famílias, com redução de 2,4%; e serviços profissionais, administrativos e complementares, com queda de 0,5%. Por outro lado, tiveram alta: serviços de informação e comunicação, com expansão de 2,3%; e outros serviços, também avançaram 2,3%. Para André Valério, economista sênior do Inter, os dados de janeiro reforçam “a visão de acomodação no ritmo de atividade da economia brasileira”. Segundo Valério, até o momento, as informações do setor de serviços sugerem a “continuidade do processo de acomodação no ritmo de crescimento da economia”. Serviços de transportes caem, mas de informação sobem Com queda de 1,8%, setor de transportes foi a principal influência negativa no mês. A atividade recuou devido às taxas negativas nos seguintes segmentos: dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correio. Serviços de informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%) tiveram os únicos avanços de janeiro. A primeira atividade acumulou ganho de 2,8% nos últimos três meses, já a última recuperou parte da perda verificada em dezembro (-4,1%). Rodrigo Lobo lembra que, no período pós-pandemia, “os serviços de tecnologia da informação (7,8%) têm crescido de forma bastante expressiva, ditando o ritmo do setor de serviços como um todo. Em janeiro, esse segmento renovou seu recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011”.
Por: Metrópoles

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