Em resposta aos ataques ordenados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano) no sábado (15.mar.2025), os Houthis realizaram neste domingo (16.mar), uma operação militar de grande escala contra um porta-aviões americano e seus navios de escolta no norte do Mar Vermelho.
“Nossas forças lançaram 18 mísseis balísticos e de cruzeiro, além de drones, contra o porta-aviões e suas embarcações de apoio”, disse o porta-voz do grupo, Yahya Sare’e, em pronunciamento.
Sare’e afirmou que qualquer navio de guerra americano nos mares Vermelho e Arábico será alvo de ataques, como parte da resposta à “agressão” contra os iemenitas.
“As Forças Armadas do Iêmen não hesitarão em atacar todos os navios de guerra dos EUA no Mar Vermelho e no Mar Arábico em resposta à agressão contra nosso país”, disse.
O oficial iemenita voltou a dizer que essa política permanecerá em vigor até que a ajuda humanitária e suprimentos essenciais sejam entregues à Faixa de Gaza. “Essa agressão americana só tornará o Iêmen e seu povo firme, fiel e esforçado mais firme, seguro e resiliente”, concluiu.
Os ataques aéreos dos Estados Unidos contra o Iêmen deixaram ao menos 31 mortos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 100 feridos, conforme informou o Ministério da Saúde dos Houthis à agência Reuters.
A ofensiva, iniciada neste sábado (2.mar) e intensificada nas primeiras horas de domingo (3.mar), atingiu diversos bairros da capital Sanaa e províncias como Saada, Al-Bayda, Hajjah e Marib.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que os ataques continuarão até que o grupo cesse as investidas contra embarcações no Mar Vermelho.
A ofensiva deste sábado foi a maior operação militar dos EUA no Oriente Médio desde o retorno de Donald Trump (republicano) à Presidência em janeiro. Em entrevista à Fox News, Hegseth afirmou que a campanha será “implacável” até que os Houthis parem de lançar mísseis e drones contra navios.
“No momento em que os Houthis disserem que vão parar de disparar contra nossos navios e drones, essa campanha terminará. Mas, até lá, ela será implacável”, afirmou.
Ele também acusou o Irã de fornecer apoio prolongado ao grupo e alertou que Teerã “precisa tomar cuidado”.
“O objetivo é interromper os ataques contra embarcações nessa via navegável crucial e restaurar a liberdade de navegação, que é um interesse nacional fundamental dos Estados Unidos. O Irã tem apoiado os Houthis por muito tempo. Eles que tomem cuidado”, disse.