• Sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Helicóptero que caiu com ex-presidente do Chile é tirado de lago

A aeronave foi coberta com uma lona preta e colocada sobre um caminhão guindaste.

O helicóptero pilotado pelo ex-presidente do Chile Sebastian Piñera, 74, no momento de sua morte foi tirado neste sábado (10) do Lago Ranco, quatro dias após a queda.
Operação de retirada envolveu empresa privada, Marinha e Ministério Público. A aeronave foi coberta com uma lona preta e colocada sobre um caminhão guindaste.

Imagens mostram que hélices foram danificadas. Após ser entregue à Direção Geral de Aeronáutica Civil, a fuselagem passará por uma perícia para determinar as causas do acidente. Segundo o jornal La Nación, os investigadores querem elucidar a forma como ele caiu, por onde ele se deslocou e a velocidade que se chocou com o lago.

Ministério Público quer saber como eram as condições meteorológicas da região na hora do acidente. Já se sabe que chovia e ventava forte no local. O órgão também questionará a empresa fabricante do helicópteros e tentará esclarecer quando foi a última manutenção da aeronave. A queda do helicóptero ocorreu logo nos primeiros minutos de voo, por volta de 15h no horário local da última terça-feira (6).

PIÑERA FOI A ÚNICA VÍTIMA DO ACIDENTE
Ex-presidente ordenou que os três passageiros saltassem antes dele, segundo relato da irmã. Magdalena Piñera estava a bordo e afirma que o ex-presidente ficou na aeronave para tentar retomar o controle. "Pulem vocês primeiro porque, se eu pular junto, o helicóptero vai cair em cima de todos nós", teria dito ele. Magdalena e os outros dois passageiros seguiram a ordem e sobreviveram.

Na hora de Piñera pular, ele teria ficado preso no cinto de segurança. Segundo as informações iniciais sobre o acidente, o ex-presidente tentou se soltar, mas não conseguiu. O helicóptero ficou submerso a 40 metros de profundidade.

Ex-presidente chileno morreu por afogamento. O Serviço Médico Legal do Chile na cidade de Valdivia, no sul do país, concluiu que ele morreu de asfixia devido à submersão.

O governo do Chile decretou luto nacional de três dias. O funeral de Estado foi realizado no antigo Congresso chileno, em Santiago, na sexta-feira (9).

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