Guia de brasileira em trilha na Indonésia diz: “Não abandonei Juliana”
Brasileira Juliana Marins está há três dias esperando resgate: jovem caiu de uma trilha na Indonésia e está presa próxima a um vulcão
Ali Musthofa, guia que acompanhava , , na ilha de Lombok, na Indonésia, afirmou que não abandonou a publicitária e precisar de resgate.
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Musthofa afirmou que aconselhou a niteroiense a descansar enquanto ele seguia andando. Segundo ele, o combinado era apenas esperá-la um pouco mais à frente da caminhada. O guia relatou que prestou depoimento à polícia nesse domingo (22/6), assim que desceu da montanha.
De acordo com Musthofa , que trabalha na região desde novembro de 2023 e costuma subir o Rinjani duas vezes por semana, ele ficou apenas “três minutos” à frente de Juliana e voltou para procurá-la, ao estranhar a demora da brasileira.
“Na verdade, eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar. Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la”, relatou Musthofa ao jornal O Globo..
Ele afirma que tentou dizer a Juliana para esperar por ajuda. “Liguei para a organização onde trabalho, pois não era possível ajudar a uma profundidade de cerca de 150 metros sem equipamentos de segurança. Eles deram informações sobre a queda de Julian para a equipe de resgate e, após a equipe ter conhecimento das informações, correu para ajudar e preparar o equipamento necessário para o resgate”.
Resgate interrompido
A brasileira, que , na Indonésia, na sexta feira (20/6), já aguarda resgate há três dias. Através das redes sociais, a família da jovem confirmou que o salvamento foi interrompido nesta segunda-feira (23/6) por conta das condições climáticas na região.
“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 m abaixo. Faltavam 350 m para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez. Mais um dia”, escreveu a família. O resgate teria sido interrompido às 16h, por volta das 5h no horário de Brasília.
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De acordo com os familiares, as mudanças climáticas repentinas são normais na região, nesta época do ano. “Eles [governo da Indonésia] têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura. Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência.”
A família ainda compartilhou que não sabe o estado de saúde da jovem, que está há três dias sem água, comida e agasalhos. O Parque Nacional do Monte Rinjani, onde fica a trilha onde a brasileira caiu, segue aberto com as atividades ocorrendo normalmente e com a presença de turistas.
Mais cedo, os familiares de Juliana haviam confirmado que o resgate estava indo em sua direção e que já estaria “descendo” até o local onde a jovem foi avistada. O ambiente de alta montanha, segundo eles, é extremamente severo, com obstáculos naturais que dificultam o acesso aéreo, inclusive por helicóptero e drones.
Entenda o caso
Juliana Marins deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok. Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio.
Após escorregar no caminho, ela só parou a uma distância de 300 metros de onde o grupo estava.
O , com a alimentação, ocorreu por volta das 11h de sábado (21/6), cerca de 22h no horário local. Desde então, Juliana aguarda resgate.
Por: Metrópoles