Guerra comercial: China pede que EUA eliminem tarifas “completamente”
Segundo o governo da China, a isenção de eletrônicos do "tarifaço" de Donald Trump é apenas "um pequeno passo" dos EUA na direção correta
Depois da decisão do governo dos Estados Unidos de , o governo da China se manifestou neste domingo (13/4) pedindo que a coloque um ponto final nas tarifas comerciais sobre produtos importados de diversos países.
A nova manifestação de Pequim foi divulgada por meio de um comunicado oficial do Ministério do Comércio do regime chinês.
Segundo a China, a isenção de laptops, discos rígidos, processadores de computador, chips de memória e máquinas utilizadas para a fabricação de semicondutores, anunciada pelos EUA na noite da última sexta-feira (11/4), foi apenas um “pequeno passo” na direção correta.
A lista de exceções ao “tarifaço” foi publicada pela , a alfândega dos EUA.
“Instamos os EUA a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”, afirmou o governo de Xi Jinping.
Ainda de acordo com o comunicado de Pequim, a China está “avaliando os impactos” das isenções anunciadas pelos EUA.
A medida do governo Trump, interpretada como um novo recuo do presidente dos EUA na guerra comercial, beneficiará gigantes do setor de tecnologia, como Nvidia, Dell e Apple – que fabrica iPhones e outros produtos na China.
Os eletrônicos representam parte importante do total de importações chinesas para os EUA. No ano passado, os smartphones lideraram o ranking de importados da China para o país, somando US$ 41,7 bilhões.
Em segundo lugar, ficaram os laptops, respondendo por US$ 33,1 bilhões. Os dados são do , o Departamento de Censos dos EUA.
China alertou para “crise humanitária”
No sábado (12/4), em resposta aos EUA, Pequim afirmou que , especialmente aos países em desenvolvimento.
Em manifestação encaminhada à Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, falou até na possibilidade de uma “crise humanitária” de consequências imprevisíveis.
“Os EUA continuam introduzindo medidas tarifárias, gerando grande incerteza e instabilidade ao redor do mundo e causando caos tanto internacionalmente quanto dentro de seu próprio país”, completou o representante do alto escalão do regime chinês, em conversa, por telefone, com a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala.
Por: Metrópoles