O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou por 6 impulsionamentos em posts nas redes sociais sobre segurança pública e combate ao crime organizado de 4ª feira (39.out.2025) a sábado (1º.nov.2025), dias depois da megaoperação da polícia do Rio de Janeiro contra a facção criminosa Comando Vermelho, que deixou 121 mortos. Os gastos com os posts somam de R$ 440 mil a R$ 505 mil.
As publicações patrocinadas estão disponíveis na plataforma de anúncios da Meta –dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp. Segundo a página da big tech, cada peça teve pouco menos de 1 milhão de interações. Todas foram divulgadas no Instagram e só duas no Facebook.
O Meta Ad Library discrimina os valores em um intervalo, por isso a variação no preço de cada impulsionamento. Os 2 impulsionamentos mais caros custaram de R$ 100 mil a R$ 125 mil cada aos cofres públicos. Outros 2 variaram de R$ 90.000 a R$ 100 mil e de R$ 70.000 a R$ 80.000. Os mais baratos custaram de R$ 50.000 a R$ 60.000 e de R$ 10.000 a R$ 15.000.
A 1ª postagem impulsionada foi feita na 4ª feira (29.out). É um reel (formato de vídeo curto do Instagram) explicando “com inteligência” a ação da polícia do Rio no dia anterior. O vídeo diz que esse tipo de operação coloca inocentes em risco e que “matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime”. A postagem do governo diz que é precisa ter “mais inteligência e menos sangue”.

O 2º post impulsionado pelo governo foi postado na 5ª feira (30.out) no Facebook e no Instagram. Divulga a PEC da segurança pública defendida pelo governo, que busca integrar as forças policiais do país. Segundo a publicação, a proposta farias as operações ao crime organizado produzirem maior apreensão de armas e menor risco a população.

Outro post, divulgado e impulsionado na 6ª feira (31.out), é sobre o PL (projeto de lei Antifacção), enviado pelo Executivo federal ao Congresso no mesmo dia. “As facções criminosas oprimem moradores, destroem famílias e espalham drogas e violência. É inadmissível que milhões de brasileiros tenham suas vidas controladas e colocadas em risco pelo crime organizado”, diz a postagem do governo.

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Eis um balanço da operação Contenção, de acordo com dados da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro:
Em relação aos 113 presos durante a operação, cerca de 40% não são do Rio de Janeiro. A Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que há suspeitos de 8 Estados fora do Rio, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, detalhou, nesta 6ª feira (31.out), citando os apelidos, que entre os mortos na operação estavam chefes do tráfico de diferentes Estados:
Entre os 117 que morreram, 39 são de outros Estados:





