• Quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Governo federal arrecadou R$ 60 bilhões com IOF em 2025

Governou arrecadou R$ 60,6 bilhões com IOF entre janeiro e setembro de 2025, 15,43% a mais do que no mesmo período do ano passado

O governo federal R$ 60,6 bilhões com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) entre janeiro e setembro de 2025. O número é 15,43% maior do que o arrecadado no ano passado, quando registrou R$ 52,5 bilhões no mesmo período. Somente em setembro, a arrecadação foi de R$ 8,44 bilhões, aumento de 33,42% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram recolhidos R$ 6,33 bilhões — uma diferença de cerca de R$ 2,1 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23/10) pela . O IOF é alvo de polêmica entre  e . O impasse entre Legislativo e Executivo foi iniciado após o governo publicar um decreto de aumento na taxação do IOF. No mesmo dia, após repercussão negativa, o governo voltou atrás e derrubou parte do decreto. Leia também Já a arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 216,7 bilhões em setembro, em números corrigidos pela inflação. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a arrecadação registrou R$ 2,1 trilhão. De acordo com o Fisco, esse é o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de setembro, quanto para o acumulado do ano. Confira a arrecadação com impostos, contribuições e demais receitas em cada mês do ano: Janeiro: R$ 301,2 bilhões Fevereiro: R$ 202,4 bilhões Março: R$ 209,7 bilhões Abril: R$ 247,7 bilhões Maio: R$ 230 bilhões Junho: R$ 234,6 bilhões Julho: R$ 254,2 bilhões Agosto: R$ 208,791 bilhões Setembro: R$ 216,727 bilhões Confira a linha do tempo sobre o impasse do IOF: 22 de maio – A equipe econômica do governo federal anuncia um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento. Ainda no mesmo dia, publica um decreto elevando as alíquotas do IOF para operações de crédito, câmbio e seguros. 22 de maio (à tarde) – Diante da forte pressão do setor produtivo, o governo recua parcialmente e edita pontos do decreto do IOF horas depois. Mercado financeiro e o Congresso reagem mal. Os parlamentares pressionaram o Planalto a buscar alternativas. 23 de maio – Com o recuo do governo, o mercado se recupera: o dólar cai e a Ibovespa, bolsa de valores, fecha em alta. 23 de maio – A oposição começa a articular a derrubada do decreto presidencial, mas o tema ainda não entra oficialmente na pauta do Congresso. 28 de maio – Os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, entram no jogo para negociar com o Planalto. Ao fim da reunião, Motta e Alcolumbre dão um prazo de 10 dias para que o Planalto apresentasse as ações alternativas ao IOF. 29 de maio – O governo confirma que apresentará uma nova proposta dentro do prazo e sinaliza a intenção de discutir uma reforma estrutural nas contas públicas. 2 de junho – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se compromete a apresentar alternativas ao Congresso para compensar o recuo parcial do aumento do IOF. 8 de junho – Reunião entre Haddad, Motta, Alcolumbre, alguns ministros e líderes das Casas termina em acordo: publicar uma medida provisória com medidas alternativas e rever itens do decreto IOF. 11 de junho – O Planalto publica a MP com medidas compensatórias ao recuo no IOF. 12 de junho – Dias depois, Motta recua e pauta a votação para aprovar a derrubada do decreto do IOF. A mudança de direcionamento foi mal vista pelo governo. 25 de junho – O Congresso aprova o projeto de decreto legislativo que susta os efeitos do aumento do IOF determinado por Lula. 27 de junho – O presidente Lula solicita à AGU que avalie a possibilidade de judicializar a questão. 1º de julho – A AGU anuncia que levará o caso ao Supremo Tribunal Federal, alegando que o Congresso extrapolou as competências constitucionais ao anular o decreto. 4 de julho – O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspende tanto o decreto presidencial quanto o decreto legislativo. Moraes convoca uma audiência de conciliação entre os Poderes para terça-feira (15/7). 15 de julho – Data da mediação no STF entre Executivo e Legislativo para buscar uma solução institucional para o impasse em torno do IOF. Está prevista a discussão dos limites constitucionais de atuação de cada Poder. 15 de julho – A reunião termina sem que Congresso e Planalto cheguem a um acordo. 16 de julho – O ministro Alexandre de Moraes mantém eficácia de decreto do governo, mas revoga trecho referente às operações de risco sacado, um adiantamento que os bancos concedem a empresas que realizaram vendas a prazo. 8 de outubro — A Câmara dos Deputados retirou a apreciação da MP do IOF da pauta do dia, fazendo com que o texto perdesse a vigência sem ser votado.  
Por: Metrópoles

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