Os bancos Inter, C6 e Bradesco lideram o ranking de reclamações do 3º trimestre. O levantamento foi divulgado nesta 5ª feira (23.out.2025) pelo Banco Central. Proporcionalmente ao número de clientes, o Inter tem índice de reclamações quase duas vezes maior que o do 2º colocado, além de figurar no pódio desde 2023.
Os dados mostram que, no topo das queixas dos clientes, estão problemas envolvendo crédito consignado, cartões de crédito e atendimento de SAC. Eis o ranking (PDF – 196 kB).
Leia a lista das 10 instituições financeiras que mais receberam reclamações no 3º trimestre e o índice:
1º – Inter (96,37);
2º – Banco C6 (53,03);
3º – Bradesco (51,74);
4º – Mercado Pago IP (51,58);
5º – Picpay (50,06);
6º – Pagseguro (47,31);
7º – Itaú (45,13);
8º– Neon Pagamentos IP (34,58);
9º – BTG Pactual/Banco Pan (32,23);
10º – Santander (29,25).
Os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil estão em 11º e 12º lugares, respectivamente.
O BC organiza a lista com base nas reclamações registradas por clientes na internet, por telefone (145) e por correspondência.
O relatório mede a proporção de queixas procedentes, ou seja, aquelas em que há indício de descumprimento das normas do sistema financeiro.
O resultado é um termômetro da insatisfação com os serviços bancários e das falhas mais recorrentes do setor.
As queixas mais frequentes continuam ligadas à integridade, segurança e sigilo das operações financeiras, especialmente nos serviços de cartão de crédito.
Na sequência, figuram problemas em crédito consignado, com destaque para restrições à portabilidade e falhas nos contratos. Também ganham relevância problemas de comunicação, como informações incorretas ou insuficientes sobre produtos e serviços, além da insatisfação com o atendimento das centrais de relacionamento.
As maiores reclamações são sobre:
O relatório mostra ainda que as reclamações sobre débitos não autorizados, embora fora do top 10, seguem como um tema de preocupação recorrente, apontando a necessidade de maior transparência dos bancos nas autorizações de transações.
O Banco Central define o ranking a partir das reclamações registradas por cidadãos nos canais oficiais. Cada queixa passa por uma análise que verifica se há indícios de violação das normas do sistema financeiro. Quando confirmada, a reclamação é classificada como procedente.
A posição das instituições é calculada com base na relação entre o número de reclamações procedentes e o total de clientes. O BC ressalta que não intervém em casos individuais, mas usa os dados para aperfeiçoar a regulação, a supervisão e a educação financeira.