O governo chinês informou na 5ª feira (25.dez.2025) que vai intensificar o combate à corrupção no país. A resolução é de uma reunião do Birô Político do PCCH (Partido Comunista da China), liderada pelo presidente Xi Jinping, realizada no mesmo dia.
Segundo o jornal South China Morning Post, 2025 foi um ano em que investigações de corrupção tomaram as mídias chinesas. Ao todo, 63 funcionários do alto escalão chinês –apelidados de “tigres”– foram alvo de investigações de suspeita de corrupção. O número é um recorde na história do país.
O PCCH é rigoroso em sua política interna anticorrupção e não é incomum comunicados de integrantes sendo expulsos do partido. Nos últimos 3 dias, a CCDI (Comissão Central de Inspeção Disciplinar) publicou em seu site ao menos 11 comunicados de expulsão da legenda.
Nos comunicados, os textos contém sempre a mesma mensagem no 2º parágrafo “[nome do ex-membro do PCCH] havia perdido seus ideais e crenças, traído suas aspirações e missão originais”.
A luta anticorrupção é um dos temas mais caros ao líder chinês Xi Jinping. Antes mesmo de assumir a presidência em 2013, Xi, já como secretário-geral do PCCH, deu início em 2012 a uma campanha nacional anticorrupção, que mirou o corpo político chinês e executivos de empresas.
Em um de seus primeiros discursos como presidente eleito, Xi declarou que o partido iria reprimir tanto os “tigres” quanto as “moscas” –líderes poderosos e burocratas de baixo escalão.
Agora em 2026, o objetivo é endurecer ainda mais os mecanismos internos anticorrupção. O comunicado da reunião publicado pela agência estatal Xinhua não menciona o número recorde de investigados no alto escalão, mas classifica o ano de 2025 como um período em que o PCCH “intensificou seus esforços para aprimorar a conduta, construir integridade e combater a corrupção”.





