• Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Gilmar diz ter "absoluta confiança" em Moraes no caso Banco Master

Decano do STF também afirma não ver problemas na viagem em que Toffoli foi acompanhado por advogado de investigado no caso.

O decano do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta 2ª feira (22.dez.2025) que tem “absoluta confiança” no ministro Alexandre de Moraes em relação ao caso em que ele e sua esposa teriam atuado em favor do Banco Master. Gilmar também declarou não ver problemas no episódio em que o ministro Dias Toffoli, relator da investigação no Supremo, esteve em mesmo jatinho com um dos advogados dos investigados para assistir à final da Libertadores, em Lima, no Peru.

Em conversa com jornalistas, o ministro afirmou que as investigações sobre esquema de fraude bancária orquestrado pelo empresário Daniel Vorcaro são “um exemplo de que as instituições funcionam”. “Eu tenho absoluta confiança em relação ao ministro Alexandre de Moraes. E não vejo nenhum problema”, afirmou.

Nesta 2ª feira, a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, noticiou que o ministro Alexandre de Moraes procurou o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, para pressionar em favor do Banco Master. Segundo a reportagem, Moraes procurou informações sobre a venda do banco para o BRB. Em 18 de novembro, a PF prendeu Vorcaro e executivos da instituição, e o BC decretou a liquidação extrajudicial.

O ministro Gilmar afirmou que não comentaria o caso concreto, mas ressaltou a confiança no colega do STF. Em relação ao ministro Dias Toffoli, o decano diz ser “normal” o encontro de parlamentares e advogados com ministros da Corte, com “conversas normais”.

“Eu, em si mesmo, não vejo problema. Nada… Duvido que esse advogado tenha falado alguma coisa que não tenha sido sobre futebol”, afirmou.

Toffoli teria encontrado o advogado Augusto de Arruda Botelho, que integra a defesa de Luiz Antonio Bulli, ex-diretor de compliance do Master. Segundo o advogado, o jantar particular só tinha “torcedores” do Palmeiras.

Para o ministro, o trânsito é natural e não afeta o entendimento dos ministros sobre os casos que julgam. “É preciso ter essa dimensão. Ninguém se contamina porque conviveu com essas pessoas”.

Por: Poder360

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