Gigante chinesa, rival da Starlink, assina acordo com Brasil e quer mudar o futuro da internet via satélite
A China instala sua primeira base de internet via satélite no Brasil com a SpaceSail, desafiando a Starlink e prometendo revolucionar a conectividade e o futuro da internet em toda a América do Sul.
A China instala sua primeira base de internet via satélite no Brasil com a SpaceSail, desafiando a Starlink e prometendo revolucionar a conectividade e o futuro da internet em toda a América do Sul. Uma nova corrida espacial digital está em andamento — e o Brasil virou peça-chave nesse tabuleiro global de conectividade. A empresa chinesa SpaceSail, sediada em Xangai, anunciou sua entrada no mercado brasileiro ao firmar um acordo com a Telebras, estatal de telecomunicações, para o uso e expansão de tecnologia de internet via satélite ultrarrápida em todo o território nacional. O avanço dessa tecnologia tem impacto direto no agronegócio brasileiro, setor que ocupa grandes extensões territoriais e enfrenta sérios desafios de conectividade. Com a chegada da internet de alta velocidade via satélite, fazendas em regiões isoladas da Amazônia, do Cerrado e do Matopiba poderão integrar sistemas de gestão, monitoramento climático, automação de irrigação e controle de maquinário em tempo real, elevando a eficiência produtiva e ampliando o uso de tecnologias como IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial e drones agrícolas.
Especialistas afirmam que a conectividade é hoje um dos maiores gargalos para a digitalização do campo, e que a entrada da SpaceSail pode representar um salto de produtividade e competitividade para o agro nacional. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O projeto promete levar banda larga a áreas remotas, hoje sem acesso à fibra óptica, e enfrentar de frente a Starlink, empresa de Elon Musk que domina o mercado de satélites de órbita baixa (LEO). A SpaceSail pretende lançar 648 satélites até o fim de 2025 e ampliar a constelação para 15 mil até 2030, com cobertura em mais de 30 países, consolidando o Brasil como hub da rede chinesa no hemisfério sul. Um acordo que marca o início de uma nova era digital A iniciativa foi viabilizada por meio de um memorando de entendimento entre Telebras e SpaceSail, que prevê a construção de bases de controle e antenas terrestres no Brasil. Segundo a Reuters, o país já abriga um dos primeiros centros de operação da rede chinesa, responsável por coordenar comunicações em toda a América do Sul. O investimento total do projeto ultrapassa R$ 4,8 bilhões, financiados por um fundo estatal chinês de inovação tecnológica e espacial. Especialistas apontam que esse movimento insere o Brasil no centro da disputa geopolítica entre China e Estados Unidos pela supremacia da internet via satélite. Rivalidade no espaço: Starlink x SpaceSail Enquanto a Starlink conta com cerca de 7 mil satélites LEO ativos e planeja alcançar 42 mil até o fim da década, a SpaceSail busca uma expansão acelerada, apoiada diretamente pelo governo chinês. O objetivo é reduzir a dependência de sistemas ocidentais e criar uma infraestrutura de comunicações soberana, em consonância com o projeto “ Qianfan – Mil Velas”, que prevê outras três constelações somando mais de 43 mil satélites.
Foto: DivulgaçãoTelebras no centro da conectividade global O acordo reforça a estratégia da Telebras de diversificar parcerias internacionais, após já ter firmado colaboração com a SES, empresa de Luxemburgo, para uso de satélites em órbita média (MEO) — tecnologia com menor latência e maior estabilidade para comunicações críticas.
Segundo o presidente da Telebras, André Leandro Magalhães, a nova fase marca um avanço significativo: “Esta parceria representa mais do que um acordo técnico — é um passo estratégico rumo à soberania digital e à expansão da conectividade nacional”, afirmou. Já o diretor comercial Levi Figueiredo destacou que os projetos com SES e SpaceSail ampliam a presença da estatal em soluções de alto desempenho e segurança. Fontes do setor explicam que, enquanto a SES oferece cobertura imediata com satélites MEO, o acordo com a SpaceSail mira o longo prazo, posicionando o Brasil para se tornar um centro regional de dados e comunicações. Satélites LEO: velocidade e alcance global Os satélites da SpaceSail operam em órbita baixa, entre 500 e 2.000 km da Terra — distância que garante menor latência e maior velocidade nas conexões, permitindo transmissões em tempo real, jogos online e chamadas de vídeo sem travamentos. Essa tecnologia é vista como essencial para conectar comunidades amazônicas, o sertão nordestino e regiões de difícil acesso, reduzindo o apagão digital que ainda afeta milhões de brasileiros. O projeto também tem potencial para impulsionar setores como educação, agronegócio, defesa e saúde pública, viabilizando comunicações em locais antes isolados.
Soberania e desafios da internet via satélite no Brasil e no mundo Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para o impacto geopolítico do avanço chinês. A entrada da SpaceSail desperta preocupações em países ocidentais, que temem a expansão do modelo de controle e censura digital chinês. Além disso, há debate sobre a dependência tecnológica de infraestruturas estrangeiras em setores estratégicos de comunicação. Por outro lado, o governo brasileiro defende que o movimento reforça a soberania digital nacional, garantindo múltiplas fontes de conectividade e reduzindo o domínio de um único fornecedor global. O Brasil como epicentro da nova corrida espacial Com a instalação da primeira base da SpaceSail fora da Ásia, o Brasil se torna pioneiro na internet satelital chinesa e referência em conectividade de baixa órbita no hemisfério sul. A expectativa é que, nos próximos anos, o país exporte sinal para países vizinhos e consolide sua posição como eixo de inovação e integração digital na América Latina. Como resumem analistas do setor, “ a batalha agora é pelo domínio do céu — e o Brasil acaba de se tornar o principal campo de provas dessa revolução tecnológica”.
Por: Redação
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