• Terça-feira, 29 de abril de 2025

Galípolo confirma manter alta de juros para atingir meta da inflação

Segundo ele, BC vai pôr "a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente e pelo período que for necessário para atingir a meta"

O presidente do Banco Central (), , confirmou, nesta terça-feira (29/4), que o “guidance” — orientação sobre a política monetária futura, no jargão do mercado financeiro — pelo Comitê de Política Monetária (Copom) “segue vigente”. Na última ata do Copom, o colegiado indicou que . “A intenção foi demonstrar que, na visão do comitê [Copom] e de todos os diretores, a comunicação anterior passou muito bem por esses 40 dias e segue vigente. Então, tudo que a gente comentou permanece vigente”, disse Galípolo durante entrevista coletiva para detalhar os dados presentes no , também divulgado nesta terça-feira. Aperto monetário seguirá para cumprir meta Ele afirmou que, do ponto de vista do Banco Central e do Comitê de Política Monetária, a diretoria vai optar por “colocar a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente e pelo período que for necessário para atingir a meta”. Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância. A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. A inflação atual, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), . Nesse ritmo e patamar, o IPCA caminha para mais um ano em que a meta será descumprida. Em declarações recentes, o próprio Banco Central segue indicando o estouro do teto da meta neste ano. Na última ata do Copom, o colegiado alertou que, se a inflação seguir avançando, o valor acumulado em 12 meses ficará “acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”. Contudo, Galípolo disse que . “Acho que o Banco Central está fazendo seu caminho para perseguir a meta de 3%”, disse Galípolo, acrescentando que não vê o Brasil como “outlier” (ponto fora da curva) em relação à meta inflacionária de outros países”, declarou. Galípolo voltou a dizer que o fato do país ter uma fluidez menor nos canais de transmissão, implicaria em ser necessário “conviver com um patamar mais elevado [de juros] para conseguir o mesmo efeito [convergir a inflação à meta]”.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: