Conheça o cavalo Quarab, que une força, beleza e resistência em um só animalExportações travadas e mercados redirecionados, enquanto isso frigoríficos suspendem abate de bovinos Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), já foram interrompidas as produções voltadas ao mercado americano. Ainda assim, contratos em andamento somam cerca de 30 mil toneladas de carne e mais de US$ 150 milhões em cargas já em trânsito ou nos portos. O temor de ter que arcar com a sobretaxa fez com que frigoríficos como o Naturafrig, em Mato Grosso do Sul, colocassem suas equipes comerciais para buscar compradores alternativos, principalmente China, Chile e Oriente Médio. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A reação foi tão rápida quanto drástica. O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Frios e Carnes de MS (Sincadems), Alberto Capucci, confirma que a suspensão partiu dos próprios compradores americanos, que alegaram não conseguir absorver o novo custo. “ Tudo foi suspenso já no momento seguinte ao anúncio”, afirmou. Impacto direto no mercado interno Com a interrupção das exportações e a necessidade de realocar a carne bovina — um produto perecível — para o mercado doméstico, analistas já preveem queda nos preços da carne e do boi gordo no Brasil. O aumento da oferta, somado ao momento de maior abate por causa da seca, deve pressionar ainda mais os valores pagos ao produtor. “A recolocação no mercado interno pode provocar redução de preços tanto ao consumidor quanto ao pecuarista”, alertou Jaime Verruck, secretário da Semadesc em Mato Grosso do Sul. Participação dos EUA nas exportações Apesar de os Estados Unidos representarem apenas 7,3% das exportações totais de carne bovina do Brasil, o país tem grande importância estratégica. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, os EUA foram o segundo maior destino das exportações em 2024, com US$ 235,5 milhões em carne bovina e 49,6 mil toneladas embarcadas, atrás apenas da China. A tarifa torna inviável a continuidade dos negócios. Segundo Verruck, o sistema de cotas dos EUA já impõe uma taxa de 26,4% para volumes acima de 65 mil toneladas. A adição dos 50% anunciados por Trump inviabiliza completamente a operação para a maioria das empresas. Governo busca resposta e prorrogação Para tentar amenizar os impactos e preservar contratos em curso, o Governo Federal criou o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, reunido com representantes do agro e da indústria nesta semana. A proposta principal é prorrogar a entrada em vigor da medida, permitindo o embarque de cargas já prontas ou em trânsito. Além disso, há pressão para uma resposta de reciprocidade comercial, ainda que o governo sinalize não querer adotá-la de forma imediata, enquanto isso frigoríficos suspendem abate de bovinos para os EUA. “Estamos falando com o governo federal para que não haja a aplicação da tarifa recíproca no curto prazo. Precisamos de tempo para realocar os estoques e buscar novos mercados”, disse Verruck. Mercado norte-americano pode sentir o impacto Embora a tarifa vise prejudicar o Brasil, ela também pode gerar efeitos colaterais para o consumidor dos EUA. A carne brasileira, usada principalmente na indústria de hambúrgueres, é competitiva em preço e volume. Sem acesso ao produto nacional, os custos nos EUA podem aumentar. O quilo da carne brasileira passaria a custar cerca de US$ 1,50 a mais do que o produto local com a nova tarifa. Frigoríficos suspendem abate de bovinos para os EUA, e agora? A imposição da tarifa de 50% por Trump representa um duro golpe nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos no setor de proteína animal. Os frigoríficos brasileiros foram forçados a agir rapidamente, suspendendo abates e reconfigurando rotas logísticas e comerciais. No curto prazo, o mercado interno deve sentir os reflexos com queda nos preços e excesso de oferta, enquanto o governo busca saídas diplomáticas e comerciais para evitar prejuízos ainda maiores. A crise é mais um lembrete de que o agronegócio brasileiro não pode ficar refém de disputas geopolíticas e tarifárias, como alertou um pecuarista à reportagem: “O agro não pode ficar no meio da briga de gigantes”.
Frigoríficos suspendem abate de bovinos pós tarifa de 50% imposta por Trump; entenda
Decisão de Trump trava exportações, força redirecionamento da carne bovina brasileira para outros mercados e ameaça preços no mercado interno; Com isso, frigoríficos suspendem abate de bovinos para os EUA
Decisão de Trump trava exportações, força redirecionamento da carne bovina brasileira para outros mercados e ameaça preços no mercado interno; Com isso, frigoríficos suspendem abate de bovinos para os EUA O anúncio do ex-presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira com entrada em vigor a partir de 1º de agosto de 2025 provocou uma reação imediata no setor frigorífico nacional. Grandes indústrias de carne, como JBS, Marfrig e Naturafrig, suspenderam o abate de bovinos destinados aos Estados Unidos, redirecionando a produção a outros mercados. A decisão ameaça pressionar o preço da carne e da arroba do boi no Brasil e reacende debates sobre os impactos de guerras comerciais no agronegócio. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Por: Redação