Quase todas as testemunhas de defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins deixaram de comparecer à audiência na 1ª turma do STF (Supremo Tribunal Federal) desta 4ª feira (16.jul.2025). Ele havia indicado 21 nomes à Corte.
O único presente foi Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que falou como testemunha de defesa de Marcelo Câmara, ex-assistente de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Com as ausências, o ministro Alexandre de Moraes, que conduzia a sessão, vetou parte dos depoimentos. O magistrado também homologou desistência de alguns testemunhos, e permitiu o recebimento de outros depoimentos por escrito. Leia mais abaixo.
Quanto às testemunhas restantes, a defesa de Filipe Martins deverá remarcar suas falas até 21 de julho, último dia de depoimento de defesa dos réus do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado.
Depoimentos indeferidos
Desistência de testemunhos
A defesa de Filipe Martins desistiu dos seguintes testemunhos:
Testemunhos por escrito
Compartilhamento de testemunhos
Alexandre de Moraes deferiu o compartilhamento dos seguintes depoimentos já concedidos:
Freire Gomes e Baptista Junior foram testemunhas de defesa do réu Ailton Gonçalves Moraes Barros, do núcleo 4. Os ex-comandantes foram ouvidos na 3ª feira (16.jul)
Depoimentos a serem remarcados
O STF começou na 2ª feira (14.jul) a ouvir testemunhas de defesa e acusação dos núcleos 2, 3 e 4 da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.
As audiências começaram com as testemunhas do “núcleo 2”, responsável pela gerência das ações. Os depoimentos desse grupo vão até 21 de julho.
Segundo a PGR, os integrantes do núcleo atuaram para manter Bolsonaro na Presidência de forma “ilegítima”. Eles são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.
Integram o “núcleo 2”:
Os depoimentos estão sendo realizados nas salas de audiência do prédio anexo do STF. As testemunhas prestam depoimento por videoconferência. Jornalistas não poderão gravar as sessões, mas as gravações feitas pela própria Corte serão anexadas aos autos do processo.