• Domingo, 1 de junho de 2025

Feita no Brasil: tecnologia usa IA para identificar Covid pela saliva

Universidade Federal de Uberlândia desenvolveu tecnologia com sensores eletroquímicos para aumentar a precisão do resultado em diagnósticos

Cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um sistema capaz de diagnosticar a Covid-19 por meio da saliva com rapidez, precisão e baixo custo. Batizado de Sagapep, o método combina biossensores eletroquímicos com algoritmos , e, segundo os pesquisadores, representa um avanço no uso de tecnologias portáteis para diagnóstico de doenças infecciosas. Sintomas da Covid Os sinais originais da Covid-19, como perda de olfato, mudaram muito desde o início do período pandêmico. Atualmente, os sintomas mais comuns são muito semelhantes aos de uma gripe: coriza, tosse e dores de cabeça e garganta lideram a lista de relatos dos pacientes. A principal diferença para a gripe é que a presença de febre, em casos leves de Covid-19, é rara. Pessoas infectadas com variantes derivadas da JN.1 também têm relatado entre os principais sintomas a insônia e uma sensação de preocupação e ansiedade. A tecnologia se baseia em biossensores que detectam sinais de doenças a partir da análise de fluidos do corpo, como sangue, urina ou saliva, o mesmo princípio usado em testes de glicemia. O que torna a pesquisa da UFU diferente é o uso inédito de dois tipos de inteligência artificial, que ajudam a tornar o mais rápido e preciso. “É o primeiro algoritmo de inteligência artificial para esse tipo de equipamento, que neste caso foi feito na detecção de doenças. Essa foi a primeira vez que aplicamos a tecnologia baseada em peptídeos salivares”, afirmou em comunicado o pesquisador Robinson Sabino-Silva, coordenador do Grupo de Inovação em Diagnóstico Salivar e Nanobiotecnologia da UFU (Salivanano/UFU). Eficiência e inovação no diagnóstico Na prática, o sistema identificou peptídeos naturais da saliva com maior capacidade de se ligar ao vírus da Covid-19. Com a ajuda da inteligência artificial, essas moléculas foram otimizadas para melhorar a precisão do biossensor na detecção do vírus. Os dados eletroquímicos gerados são analisados por algoritmos que aumentam a exatidão do diagnóstico. De acordo com Robinson, a tecnologia contribui para tornar o monitoramento de doenças mais acessível, principalmente em contextos de atenção básica à saúde. Por serem portáteis e baratos, os biossensores podem facilitar o diagnóstico precoce e ampliar o acesso da população a exames confiáveis. A pesquisa dá continuidade ao trabalho iniciado pelo professor Luiz Ricardo Goulart, referência na criação de biossensores voltados ao diagnóstico de . O projeto foi financiado numa parceria entre a Capes, o CNPq e a Fapemig e integra redes científicas, como os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) em Saúde Oral e Teranóstica e Nanobiotecnologia (TeraNano), além da Rede Mineira de Diagnóstico de Doenças Infecciosas (ReMinD). Siga a editoria de e no e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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