• Terça-feira, 26 de agosto de 2025

Farofa Carioca resgata raízes no palco e no streaming com Seu Jorge

Primeiro grupo de Seu Jorge, o Farofa Carioca resgata o sucesso dos anos 1990 com shows inéditos e lançamentos no streaming

retornou aos palcos após o grande sucesso dos anos 1990. Conhecido por ser o primeiro grupo da carreira de , o coletivo musical resgatou o álbum Moro no Brasil e divulgou nas plataformas digitais, de forma inédita, em junho deste ano. Dois meses após a estreia das novas versões das músicas, o grupo liderado por Gabriel Moura celebra o contexto orgânico de retorno da banda após 25 anos do sucesso inicial. “Somos uma banda preta, de raízes bem profundas brasileiras, que mistura ritmos com propriedade e que também usa a força das próprias mãos. Não tem nada de artificial nesse trabalho. Isso é muito legal e necessário nos tempos de hoje, onde tudo vai virando inteligência artificial”, declarou ao Metrópoles. 3 imagens Seu Jorge com o Farofa Carioca no João Rock neste anoO grupo Farofa Carioca, em 1998, com Seu Jorge (ao centro) e Gabriel Moura (de amarelo)Fechar modal. 1 de 3 Farofa Carioca Washington Possato/Divulgação 2 de 3 Seu Jorge com o Farofa Carioca no João Rock neste ano Divulgação 3 de 3 O grupo Farofa Carioca, em 1998, com Seu Jorge (ao centro) e Gabriel Moura (de amarelo) Camilla Maia/Divulgação Leia também O álbum musical conta com 12 faixas e tem Bertrand Doussain (flauta), Carlos Moura (trombone), Gabriel Moura (voz e violão), Mario Broder (vocal), Sandrinho Carioca (percussão), Sérgio Granha (baixo), Valmir Ribeiro (cavaquinho) e Wellington Coelho (percussão). Seu Jorge também está presente no álbum, com voz e guitarra, mas não segue a banda em turnê pelos conflitos de agenda. Apesar disso, em ocasiões especiais, a banda e o cantor realizam shows juntos. Aconteceu no João Rock, em junho, e existe um encontro especial marcado para o fim do ano, como revela Mario Broder, integrante que foi adicionado no grupo para fazer parte deste novo momento. “Jorge é um grande amigo, ele foi um dos caras que mais botou pilha para que eu estivesse no Farofa Carioca. Ele participa das reuniões, se faz presente e torce para que o trabalho seja exibido de forma ampla“, iniciou. “Inclusive, no dia 14 de dezembro, na Arena Jockey do Rio de Janeiro, teremos o show Farofa Carioca convida Seu Jorge.” Seu Jorge com o Farofa Carioca no João Rock neste ano Estilo musical e referências Mesmo após 25 anos do sucesso nos anos 1990, o Farofa Carioca segue apostando no mesmo estilo musical. O próprio Seu Jorge comentou sobre a questão da estética musical, exaltando a importância da argumentação nas composições do grupo. “Quem quer construir algo passa a se preocupar com os outros; então pensávamos nos nossos pais, vizinhos, brasileiros como nós, e esses assuntos refletiam naturalmente na nossa música.” O resgate do álbum para relançamento em um novo contexto, entretanto, não será o único movimento do grupo. “Os assuntos das músicas eram pertinentes na década de 1990 e continuam sendo atualmente, mas a gente pretende sim trazer algumas outras canções. Estamos sempre compondo para trazer argumentos ligados às questões sociais, espirituais e raciais. Estamos batalhando por um mundo melhor e pela nossa história no cenário nacional”, conta Gabriel Moura. O passeio musical pelo rap, funk, blues, jazz, hip-hop, soul, black music e até mesmo forró segue dando frutos. Embalados por sonoridades de violão, cavaquinho, percussão, bateria, trombone, flauta, trompete, saxofone e baixo elétrico, Mario Broder acredita que o fluxo positivo acontece muito por conta da energia de “farofa” que o grupo apresenta. “Tem tanta coisa que a gente pode misturar e fazer dessa farofa ainda mais saborosa, que a gente continua com isso. Esse é o grande mistério do Farofa. É uma banda que pode navegar por vários elementos diferentes e fazer a diferença com isso, com sonoridade, com energia, com muito amor, sempre com muito amor”, finalizou.
Por: Metrópoles

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