Falha em células cerebrais pode favorecer demência, diz estudo
Pesquisa mostra que astrócitos, células de suporte do cérebro, produzem radicais livres que aceleram processos degenerativos
As mitocôndrias são estruturas que funcionam como “fábricas” dentro das células, Mas, em excesso, elas também podem liberar radicais livres — moléculas instáveis que causam inflamação e danos celulares.
Um estudo publicado na terça-feira (4/11), na revista , mostra que esse desequilíbrio ocorre em um tipo de célula cerebral chamada astrócito, que dá suporte aos neurônios. A pesquisa foi liderada por cientistas do Feil Family Brain and Mind Research Institute.
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Em situações de estresse ou estímulos ligados a doenças neurodegenerativas, essas células passam a produzir grandes quantidades de radicais livres. Segundo os pesquisadores, essa l e inflamatórias que acabam afetando o funcionamento normal do cérebro.
O processo leva à ativação de genes ligados à inflamação e à morte neuronal, o que contribui para o avanço de doenças como Alzheimer e demência frontotemporal.
Nos experimentos realizados com camundongos, a equipe conseguiu , a produção desses radicais livres nas mitocôndrias dos astrócitos.
Os animais tratados apresentaram menos sinais de inflamação cerebral, redução dos danos neuronais e viveram por mais tempo do que os que não receberam a intervenção.
De acordo com os autores, — células não neuronais do sistema nervoso que dão suporte, nutrição e proteção aos neurônios — que, até pouco tempo, eram vistas apenas como coadjuvantes no cérebro.
Agora, elas aparecem como agentes ativos em doenças neurodegenerativas, ajudando a explicar como a inflamação e o estresse oxidativo se espalham pelo tecido nervoso.
Apesar do avanço, os cientistas destacam que Mais pesquisas serão necessárias para entender se o mesmo mecanismo ocorre em humanos e se o bloqueio dessa produção de radicais pode se tornar uma estratégia segura e eficaz de tratamento.
O trabalho, liderado por pesquisadores do Feil Family Brain and Mind Research Institute e outros grupos internacionais, aponta um novo caminho para investigar terapias que ajudem a proteger o cérebro contra a degeneração.
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Por: Metrópoles





