A seleção feminina de vôlei de Cuba não poderá participar do Norceca Final Four, torneio programado para ser realizado de 16 a 21 de julho em Porto Rico. A FCV (Federação Cubana de Voleibol) informou na 5ª feira (27.jun.2025) que a Embaixada dos Estados Unidos negou vistos à delegação cubana, impedindo sua presença na competição.
Por ser realizado em Porto Rico, território sob jurisdição norte-americana, os atletas cubanos precisam obter vistos dos EUA para participar. As informações são da Bloomberg.
Segundo nota oficial da Federação Cubana de Voleibol, 16 integrantes da delegação tiveram seus vistos negados para viajar a Porto Rico. São 12 atletas, 2 técnicos, 1 árbitro e 1 gerente de equipe. Com a ausência de Cuba, Trinidad e Tobago integrará o torneio ao lado de México, Costa Rica e Porto Rico, que conta pontos no ranking mundial.
O torneio faz parte da rota de classificação para os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, além de contribuir para a pontuação nos rankings da Norceca e mundial. A ausência da seleção cubana pode impactar diretamente as chances de classificação da equipe para os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, em Santo Domingo, em 2026.
Eis a íntegra da nota da FCV:
Leia a tradução:
“A Federação Cubana de Voleibol informa que a Embaixada dos Estados Unidos em Havana negou o visto a todos os integrantes da delegação que deveria representar Cuba no torneio feminino Final Four da Norceca, a ser realizado em Porto Rico, de 16 a 21 de julho próximo.
“Seus 16 integrantes (12 atletas, 2 treinadores, 1 árbitro e 1 team manager) foram notificados nessa sede diplomática, onde foi apresentada a solicitação dentro dos prazos estabelecidos para tal processo.
“Essa decisão, contrária aos compromissos inerentes à responsabilidade assumida pelos países que sediam eventos esportivos internacionais, dificulta a presença de Cuba em uma competição que faz parte da rota de classificação para os Jogos Centro-Americanos e do Caribe de Santo Domingo 2026 e que conta pontos para os rankings da Norceca e mundial.
“Trata-se de uma posição injusta e discriminatória, alheia aos preceitos do esporte, que se soma ao ocorrido em anos anteriores com delegações de outras modalidades, o que aumenta as incertezas quanto ao que poderá ocorrer futuramente com relação à conduta do país que sediará os Jogos Olímpicos de 2028.
“Agradecemos os múltiplos esforços realizados pelos organizadores, aos quais informamos o ocorrido.”