• Quarta-feira, 12 de março de 2025

Estudo relaciona exposição a telas digitais a maior risco de miopia

Cientistas concluem que risco de adquirir miopia cresce 21% a partir da primeira hora de uso diário de telas

Passar uma hora a mais por dia em telas digitais está associado a um aumento de 21% na, em relação à primeira hora, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores coreanos e publicado na revista médica americana Jama Network Open. Os autores realizaram uma revisão sistemática e meta-análise de 45 estudos publicados envolvendo 335.524 crianças e adolescentes com idades entre 2 e 19 anos (idade média 9,3 anos). A prevalência da miopia está aumentando e, de acordo com o estudo, a expectativa é que até 2050 quase metade da população mundial apresentará essa . Os pesquisadores concluíram que o risco “aumentou significativamente com tempo de tela diário de uma a quatro horas, com um incremento mais gradual a partir daí”. Especificamente, um aumento diário de uma hora no tempo de tela digital foi associado a uma alta de 21% de probabilidade de miopia, e os dados indicam que haveria “um limite de segurança potencial de menos de uma hora de exposição diária”. A miopia é a principal causa de perda de visão evitável e impacta diretamente o desenvolvimento visual infantil Abordagem limitada De acordo com a equipe, esses resultados podem fornecer orientação a médicos e pesquisadores sobre o risco de miopia. Contudo, de acordo com o pesquisador espanhol Sergio Recalde, da Universidade de Navarra, que não participou do estudo, este estabelece uma associação entre a e o risco de desenvolver miopia, mas é “inconclusivo em termos de causalidade”. Ele avalia que a análise é “cientificamente sólida”, mas limitada em seu foco, pois se concentra apenas na exposição à tela, sem considerar outros fatores importantes, como atividade ao ar livre e exposição à luz solar, comentou Recalde ao Science Media Centre, uma plataforma de recursos científicos para jornalistas. A relação entre as telas e a miopia, segundo o especialista, “parece real, mas sem incluir a atividade ao ar livre e outros fatores importantes (genéticos, distância das telas, hora do dia, por exemplo), os resultados devem ser interpretados com cautela”, concluiu o pesquisador. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: