Estudo: H. pylori não é o único fator de risco para câncer de estômago
Pesquisadores apontam que outros microrganismos, além de fatores genéticos e imunológicos, também influenciam o câncer de estômago
Por décadas, acreditou-se que a bactéria Helicobacter pylori era a principal vilã por trás do câncer de estômago. Mas novas pesquisas, apresentadas por cientistas australianos e publicadas no portal Scimex, mostram que a explicação não é tão simples.
Embora , apenas uma pequena parcela desenvolve o tipo mais comum de tumor gástrico, o que indica que outros fatores estão envolvidos.
De acordo com os pesquisadores, a infecção crônica pela bactéria provoca inflamação no revestimento do estômago e — conjunto de microrganismos que vivem no corpo humano.
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Essas mudanças abrem espaço para a entrada de Algumas delas produzem lactato, uma substância que pode servir como fonte de energia para as células cancerígenas, favorecendo o crescimento e a disseminação dos tumores.
também exercem papel importante. Mutações no DNA das células do estômago e falhas na resposta de defesa do organismo podem criar um ambiente propício para a formação de tumores, mesmo na ausência da H. pylori.
Os especialistas responsáveis pela pesquisa destacaram que entender como esses elementos interagem é essencial para desenvolver
Sintomas de câncer de estômago
Os sintomas do câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, são inespecíficos, mas costumam estar associados à má digestão.
Alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) quanto um tumor de estômago.
Sangramentos gástricos são frequentes no câncer de estômago, entretanto, o vômito com sangue ocorre em poucos casos.
Fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte são indicativos de sangue digerido e podem ser sinal do tumor.
Caso qualquer um desses sintomas dure mais de duas semanas, é preciso buscar a orientação médica.
Outra frente de pesquisa avalia como as células tumorais sobrevivem em condições adversas. Segundo os cientistas, mecanismos de defesa, como a autofagia — processo de “reciclagem” celular —, ajudam as células do câncer a resistir ao estresse. Bloquear esse tipo de resposta pode ser uma
Apesar de probióticos com bactérias do tipo Lactobacillus serem estudados por seu potencial benéfico ao sistema digestivo, ainda não há evidências sólidas de que eles possam prevenir o câncer de estômago.
Os autores do estudo reforçam que é preciso cautela antes de recomendar qualquer intervenção nesse sentido. Em resumo, , mas está longe de ser a única responsável pelo câncer de estômago.
A doença é resultado de uma combinação complexa de microrganismos, mutações genéticas e respostas imunológicas — um lembrete de que, como diz um dos pesquisadores, “claramente, algo mais está acontecendo”.
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Por: Metrópoles