O embaixador de rebateu a declaração do chanceler Mauro Vieira durante conferência na na qual o ministro brasileiro defendeu a solução de dois Estados para a guerra entre judeus e palestinos.
Ao Metrópoles, o diplomata disse não concordar com as posições expressas pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, e culpou os árabes pela não existência de um Estado palestino.
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Nas palavras de Zonshine, os árabes que viviam no território palestino “não aceitaram a solução de dois Estados, atacaram Israel e perderam o que haviam iniciado”. Anos mais tarde, diz o embaixador, os palestinos não se esforçaram para a construção do Estado da Palestina em 2005, quando Israel se retirou completamente da Faixa de Gaza. Mas, segundo o diplomata, eles preferiram “preparar ataques a Israel”.
Além disso, o diplomata voltou a criticar a postura do governo brasileiro ao não citar o ataque do contra o território israelense, em outubro de 2023.

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![“Eles [Hamas] atiram por dentro da população, por dentro das áreas residenciais", afirmou o mbaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine “Eles [Hamas] atiram por dentro da população, por dentro das áreas residenciais", afirmou o mbaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine](https://i.metroimg.com/7rERKO1Cf__QxWpyOa6CzjXVmdYQC33pDtapQeAMcN0/w:180/q:85/f:avif/plain/2023/10/09171013/Entrevista-com-Daniel-Zohar-Zonshine-embaixador-de-Israel-no-Brasil-5.jpeg)
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1 de 4 Hugo Barreto/Metrópoles
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2 de 4 Na ONU, Mauro Vieira debate sobre conflito na Faixa de Gaza
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3 de 4 Embaixador de Israel, Daniel Zonshine ouviu crítica de Bolsonaro a Lula Vinícius Schmidt/Metrópoles
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4 de 4 “Eles [Hamas] atiram por dentro da população, por dentro das áreas residenciais", afirmou o mbaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine Igo Estrela/Metropoles
“Nem uma palavra menciona os ataques do Hamas a Israel em 7/10, nem sequer menciona que há uma guerra na área. Muito equilibrado. Nem mesmo um salto simbólico para o fato de o Hamas manter 50 reféns em condições desumanas, pessoas que foram sequestradas de suas casas durante o ataque. Então, perdoem-me se discordo das acusações feitas lá”, declarou o embaixador de Israel no Brasil.
Zonshine admitiu que a atual situação no enclave palestino, que elevou as críticas e a pressão internacional contra Israel, não é boa; por isso, afirmou que o governo israelense espera libertar os reféns que estão sob o domínio do Hamas, acabar com a presença do grupo em Gaza e deixar a região.
“Se os palestinos escolherem esse caminho positivo, encontrarão muitos países, entidades e parceiros para esse esforço, incluindo Israel”, destacou.
Conferência na ONU
No início da semana, um grupo de países fizeram uma conferência internacional da ONU para debater a crise em Gaza e buscar soluções para o conflito.
O chanceler do Brasil, Mauro Vieira, e defendeu a solução de dois Estados.
Além disso, o ministro defendeu o apoio à admissão da Palestina como membro pleno da ONU, o fim dos assentamentos israelenses ilegais na região e a imposição de sanções contra colonos israelenses.
Ao fim da reunião, uma declaração foi adotada por 17 países, entre eles o Brasil. O texto pede a entrada da ajuda humanitária em Gaza, a rejeição do “uso da fome como método de guerra”, além do .