• Sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Eleição é para quem tem "elegibilidade", diz Kassab sobre Bolsonaro

Presidente do PSD defende nomes de seu partido ao participar de evento da Internacional Democrata de Centro em SP.

O presidente do PSD (Partido Social Democrático), Gilberto Kassab, afirmou nesta 6ª feira (21.nov.2025) que as eleições de 2026 “serão disputadas por aqueles que têm elegibilidade”. E, para ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem condições de recobrar os direitos políticos até a próxima disputa pelo Palácio do Planalto.

A declaração foi dada pelo dirigente e secretário de Governo e Relações Internacionais do Estado a jornalistas, quando participava do encontro anual da IDC (Internacional Democrata de Centro), que reúne partidos de centro-direita e direita até sábado (22.nov) em um hotel nos Jardins, em São Paulo.

Bolsonaro foi considerado inelegível em 2 processos julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023, ambos por uso da máquina pública para espalhar desinformação sobre as urnas eletrônicas. O ex-presidente também foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe, depois de perder a disputa de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele está em prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto.

Mesmo diante da situação jurídica, o político do PL e seus aliados defendem sua candidatura. Enquanto isso, a direita brasileira busca alternativas, com nomes que vão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aos governadores do Paraná, Ratinho Junior, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos do PSD de Kassab.

O presidente do PSD defendeu uma união da direita em 2026. “Acho que falar em nomes agora é muito prematuro, porque cada partido tem as suas construções. Mas lá na frente, com certeza, todos estaremos juntos”, disse Kassab. “Nós temos dois pré-candidatos, dois governadores, o governador Ratinho Junior e o governador Eduardo Leite, e ambos vão retirar a sua pré-candidatura caso o governador Tarcísio [de Freitas] seja candidato”, afirmou.

A Internacional Democrata de Centro foi criada em 1960, inicialmente por partidos alinhados à democracia cristã. A organização afirma que trabalha para “promover a paz, a estabilidade, a ajuda humanitária e o desenvolvimento sustentável”. Com sede em Bruxelas, na Bélgica, também dá apoio aos partidos-membros.

Nas resoluções do encontro de 2024, realizado em Marrakech, no Marrocos, houve críticas aos governos de esquerda de Cuba, Venezuela, Nicarágua e México. O Brasil não foi citado. Os documentos também condenaram a guerra da Ucrânia, invadida pela Rússia em 2022. No sábado (22.nov), uma nova carta deve ser divulgada.

Eis algumas presenças no evento de São Paulo:

 

Por: Poder360

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