O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiram nesta 4ª feira (20.ago.2025) ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) pela PF (Polícia Federal) por tentativas de coagir autoridades envolvidas na investigação do golpe de Estado.
Eduardo também indiciado, negou ter agido nos Estados Unidos para interferir em processos no Brasil.
Ele afirmou que seu foco sempre foi a aprovação da anistia no Congresso e acusou a PF de “delírio” ao imputar crime contra ele.
Eduardo também ironizou o relatório. Disse que, se havia intenção de influenciar decisões do governo, “o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o Secretário Marco Rubio ou o Secretário do Tesouro Scott Bessent”.
O congressista, que está fora do Brasil desde março, afirmou ainda que está protegido pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA e acusou a PF de usar “conversas privadas entre pai e filho” para fins políticos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu ao indiciamento em tom mais agressivo. Em mensagem no X, disse que “a perseguição religiosa e o fim do direito de manifestação são oficiais no Brasil”. Ele completou: “Mais do que nunca, Moraes precisa cair”.
O relatório da PF mostra que Jair Bolsonaro, Eduardo, o pastor Silas Malafaia e o jornalista Paulo Figueiredo articularam ações para coagir ministros do STF e lideranças do Congresso.
Entre as condutas expostas pela PF estão tentativas de pressionar congressistas para aprovar propostas de anistia e destituir ministros do Supremo por crimes de responsabilidade.
O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes e seguirá para análise da PGR.
Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, ainda não se pronunciou publicamente.