O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) criticou a detenção do juiz aposentado e advogado Sebastião Coelho pela Polícia Judicial do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 3ª feira (25.mar.2025). Coelho representa Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência no governo Bolsonaro, também denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) por planejar um golpe de Estado. Ele foi detido por tumulto durante o julgamento que decide se Jair Bolsonaro (PL) se tornará réu.
Em seu perfil oficial no X, Eduardo Bolsonaro, que também é advogado, afirmou que a detenção de Coelho “em exercício de suas funções é um novo patamar de arbitrariedade”. Segundo o deputado, o STF “viola de forma escandalosa as prerrogativas da advocacia, prendendo advogados sem qualquer consideração ou respeito” e que a atitude é uma “grave violação do Estatuto da Advocacia”.
Ele afirmou: “Enquanto membros de movimentos sociais tiveram acesso franqueado, os advogados de um co-réu foram banidos”.
O congressista, que pediu licença de suas atividades como deputado para permanecer nos Estados Unidos em busca “das devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, ainda declarou que a decisão de detenção de Coelho será “mais um abuso” que fará “questão de denunciar às autoridades” norte-americanas.
Eduardo Bolsonaro é formado em Direito pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e está inscrito na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro.
Nesta 3ª feira o advogado Sebastião Coelho foi detido pela Polícia Judicial do STF por tumulto durante o julgamento que avalia se Bolsonaro e seus aliados se tornarão réus pela denúncia apresentada pela PGR. Coelho tentou entrar no plenário sem credencial, foi barrado e iniciou uma gritaria, chamando os presentes de “sanguinários”.
A assessoria do STF esclareceu o ocorrido em nota. “O desembargador aposentado Sebastião Coelho foi detido em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação do advogado”, afirmou.
O julgamento, que começou nesta 3ª feira e se estende até 4ª feira (26.mar), foca na denúncia contra Bolsonaro e sete de seus aliados. Eles são acusados pela PGR por planejar um golpe de Estado depois do resultado das eleições de 2022.
