O dólar comercial fechou aos R$ 5,79 depois de uma sequência de 12 pregões seguidos de queda. A cotação subiu 0,40% nesta 4ª feira (5.fev.2025).
A última alta da moeda norte-americana havia sido em 16 de janeiro de 2025, quando avançou para R$ 6,05.
As notícias globais são os principais temas que estão no radar dos investidores. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), disse que o país norte-americano irá assumir o controle da Faixa de Gaza.
Os riscos de trocas de sanções tarifárias entre os comércios da China e EUA também contribuem para o encarecimento do dólar no Brasil. Os agentes financeiros procuram ativos mais seguros em momentos de maior incerteza. A moeda norte-americana é reconhecida globalmente com um ativo seguro.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a produção industrial do Brasil subiu 3,1% em 2024, mas caiu 0,3% em dezembro, o 3º mês consecutivo de queda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que a inflação está “razoavelmente controlada”. A taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do Brasil foi de 4,83% em 2024, acima da meta de 3% e do teto de 4,5%. Impactou principalmente os mais pobres. Os preços dos alimentos subiram e pressionaram a taxa, especialmente as carnes. O BC (Banco Central) disse nesta 3ª feira (4.fev.2025) que a proteína animal deve seguir pressionando a inflação brasileira.
Os agentes do mercado financeiro também observam com cautela as 25 medidas prioritárias para o governo Lula na economia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou os temas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Enviará ao Congresso 7 projetos nas próximas semanas.
Os investidores colocam no radar que a votação do Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025 pode ficar só para depois do Carnaval, o que atrasa o ano Legislativo.