Dólar quebra sequência de 12 quedas seguidas e sobe para R$ 5,79
Dólar encerrou o dia em alta de 0,4%, negociado a R$ 5,794. Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também teve ganhos no pregão
Depois de engatar uma sequência de 12 quedas consecutivas, o encerrou a sessão desta quarta-feira (5/2) em alta, com o mercado repercutindo as medidas do governo de Donald Trump nos Estados Unidos e também indicadores econômicos domésticos.
O que aconteceu
A moeda norte-americana fechou o dia subindo 0,4%, negociada a R$ 5,794.
Na véspera, o dólar encerrou a sessão negociado a R$ 5,771, menor patamar desde novembro do ano passado, em queda de 0,76%.
, a maior sequência em 20 anos, interrompida nesta quarta.
Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 0,74% em fevereiro e de 6,24% em 2025.
O efeito Trump
Os investidores continuaram monitorando com atenção os desdobramentos das medidas políticas e econômicas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, .
A última novidade com potencial de influenciar o mercado foi o anúncio de que os EUA pretendem , enclave palestino destruído após a guerra entre Israel e Hamas.
Na semana passada, Trump falou em expulsar palestinos da Faixa de Gaza para outros países da região.
Desde o dia 19 de janeiro, um acordo de cessar-fogo de três fases entrou em vigor entre Israel e Hamas. O futuro da Faixa de Gaza em um possível cenário de paz, no entanto, segue indefinido.
Sem dar maiores detalhes, Trump falou em “ocupação a longo prazo” para levar estabilidade a Gaza após sucessivos conflitos.
“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza, e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis por desmontar todas as bombas não detonadas e outras armas no local, nivelar a área, remover os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que fornecerá um número ilimitado de empregos e moradias para a população da região”, afirmou Trump.
Guerra comercial
Os mercados continuaram repercutindo nesta quarta-feira o anúncio feito pelo governo chinês de que .
Segundo Pequim, as novas tarifas entrarão em vigor na semana que vem.
A medida foi tomada depois de o governo Trump anunciar tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses, além de 25% para as importações de Canadá e México.
No caso da decisão envolvendo canadenses e mexicanos, Trump recuou após negociação com o primeiro-ministro Justin Trudeau (Canadá) e a presidente Claudia Sheinbaum (México). As medidas foram adiadas por 1 mês.
Produção industrial
No cenário doméstico, o mercado repercutiu os dados sobre a produção industrial no Brasil, divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
. Em relação a dezembro de 2023, houve crescimento de 1,6%, segundo o IBGE.
Com esses resultados, a indústria brasileira fechou o ano passado acumulando uma alta de 3,1%, após variação de 0,1% em 2023. Foi o melhor desempenho anual do setor desde 2021.
Tanto o índice mensal quanto o anual vieram acima das expectativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava queda de 0,5% em dezembro.
Na comparação anual, a projeção era a de um crescimento de 1,1%.
Ibovespa sobe
O , principal indicador do desempenho das ações da Bolsa de Valores do Brasil (), fechou o pregão em alta.
O índice avançou 0,31%, aos 125,5 mil pontos.
após a companhia anunciar que recebeu um pedido da norte-americana Flexjet – especializada em propriedade compartilhada de jatos – para o fornecimento de 182 aeronaves.
No último pregão, o Ibovespa havia fechado em queda de 0,65%, aos 125,1 mil pontos.
Com o resultado, o indicador acumula perdas de 0,49% no mês e ganhos de 4,35% no ano.
Por: Metrópoles