O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 4ª feira (5.fev.2025) que os efeitos da alta da taxa Selic sobre a inflação devem ser percebidos “mais rápido” do que o esperado.
“O choque de juros foi muito forte, então a resposta [sobre a inflação] virá mais rapidamente, e penso que poderemos ter uma acomodação mais rápida [dos preços]”, disse em entrevista à GloboNews, exibida às 23h30 (horário de Brasília).
O BC (Banco Central) decidiu em janeiro elevar a Selic em 1 ponto percentual. A taxa básica de juros passou de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão se deu por unanimidade.
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na 3ª feira (4.fev), indica que o Banco Central deve descumprir a meta de inflação em junho.
Em 2025, a meta é de 3%, com margem de tolerância de até 4,5%. Se ficar acima do limite da banda por mais de 6 meses seguidos, há o descumprimento da meta.
Segundo Haddad, o efeito da Selic mais alta fará com que, até meados do meio do ano, as projeções do BC já apontem para uma convergência da inflação dentro da meta.