O dólar fechou em alta de 0,38% nesta 4ª feira (30.jul.2025), cotado a R$ 5,590. O resultado vem no mesmo dia que os Estados Unidos de Donald Trump (Partido Republicano) confirmou a tarifa de 50% contra o Brasil, mas determinou isenções a alguns produtos.
O Ibovespa estava em expansão durante a reta final do pregão. O principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) marcava 134.119,67 pontos por volta de 16h50, variação positiva diária de 1,05%.
O presidente dos Estados Unidos assinou um decreto nesta 4ª feira (30.jul.2025) formalizando a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros que entram no país.
A taxação entra em vigor em 6 de agosto –7 dias depois da assinatura do decreto–, e não mais na 6ª feira (1º.ago).
O governo norte-americano poupou certos setores essenciais da economia norte-americana. Itens estratégicos para a indústria do país, como celulose, minérios e fertilizantes, foram excluídos da medida.
Outros produtos, como suco de laranja, petróleo, aviões comerciais e materiais de aviação civil, foram isentos das tarifas extras de 40%, ficando sujeitos somente aos 10% –base do tarifaço anunciado em abril. Eis a lista completa com todos os itens (PDF — 329 kB em português).
A medida é um alívio para empresas como Embraer e companhias que vendem produtos derivados de petróleo para os EUA. Além do setor de aviação, a lista do decreto contém muitos produtos brasileiros importantes exportados para o território norte-americano.
O decreto de Trump, no entanto, não menciona carne, café e frutas brasileiras. Esses produtos ficarão sujeitos às tarifas de 50%.
O resultado veio no mesmo dia que o Brasil e os Estados Unidos definiram suas taxas básicas de juros.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) manteve a sua alíquota base na faixa de 4,25% a 4,50%. O órgão tem sido pressionado pelo presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano) para diminuir o indicador.
No Brasil, o Banco Central divulga o novo patamar da Selic às 18h30. A expectativa do mercado financeiro é que o indicador seja mantido no patamar de 15% ao ano. Assim, seria interrompido o ciclo de altas observado desde setembro de 2024.