O mercado financeiro encerrou esta 5ª feira (11.dez.2025) com o dólar em forte queda e a Bolsa brasileira em terreno positivo, reagindo às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
O dólar comercial fechou o dia em baixa de 1,17%, cotado a R$ 5,404 na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,40, acompanhando o movimento de desvalorização da divisa norte-americana no cenário global.
O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores), reverteu a instabilidade da manhã e encerrou com alta de 0,30%, atingindo os 159.557,43 pontos às 17h06.
O comportamento dos ativos foi ditado principalmente pelo diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. Investidores repercutiram os comunicados do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), divulgados na 4ª feira (10.dez).
No Brasil, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. O comunicado adotou um tom hawkish (duro), reforçando o compromisso com a convergência da inflação, o que atraiu capital estrangeiro para a renda fixa local, pressionando o dólar para baixo.
Nos EUA, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, levando a taxa para o intervalo entre 3,50% e 3,75%. A redução do rendimento nos títulos americanos (Treasuries) incentivou a busca por risco em mercados emergentes como o Brasil.
O Ibovespa foi impulsionado pela recuperação das ações de grandes bancos e da Vale, que subiu acompanhando a estabilidade do minério de ferro. O índice chegou a operar no vermelho no início do pregão, pressionado pela queda da Embraer (EMBJ3), mas ganhou tração ao longo da tarde com a melhora do humor em Wall Street.
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