Os Correios estão em crise de liquidez com dívidas acumuladas, no entanto, gastam R$ 15,1 bilhões anuais com a folha de pagamento.
O valor foi inflado por gratificações, como 70% nas férias –quando qualquer trabalhador celetista ganha 1/3 do salário– e hora extra tripla em dias de descanso, estabelecidas no Acordo Coletivo de Trabalho. Eis a íntegra (PDF–239 KB).
A estatal acionou o TST (Tribunal Superior do Trabalho) para tentar rever cláusulas do acordo. A diretoria da empresa diz que o atual pacote de benefícios está “acima do mercado” e da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), criando uma “ineficiência estrutural”.
Sem consenso com as federações sindicais (Fentect e Findect) para a renovação do acordo, cuja data-base era agosto, a negociação foi judicializada. A estratégia da estatal para tentar equilibrar as contas inclui também um PDV (Programa de Demissão Voluntária), com a meta de desligar 10.000 funcionários em 2026 e outros 5.000 em 2027.
O documento oficial do Acordo Coletivo 2024/2025 confirma a existência de uma série de benefícios. Confira os principais:
Mesmo em vias de terem de optar por um programa de demissão incentivada, os funcionários dos Correios ameaçam entrar em greve caso os benefícios sejam cortados.





