• Sábado, 13 de dezembro de 2025

Dólar afunda com diferença de juros entre Brasil e EUA. Bolsa sobe

Moeda americana recuou 1,17% em relação ao real, cotada a R$ 5,40. Ibovespa subia 0,41% pouco depois das 17 horas

O registrou forte queda de 1,29% em relação ao real, cotado a R$ 5,39, nesta quinta-feira (11/12). Às 17h01, o , o principal índice da Bolsa brasileira (), operava em alta de 0,41%, aos 159.727,88 pontos. O movimento dos mercados de câmbio e capitais foi puxado, principalmente, pelas duas decisões sobre juros, anunciadas na véspera pelos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil. Leia também No primeiro caso, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (, o banco central dos EUA), decidiu cortar a taxa americana pela terceira vez em 0,25 ponto percentual, que passou para o intervalo entre 3,50% e 3,75%. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (), do Banco Central (), manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. Além disso, o Copom não deu nenhuma indicação de quando pode começar um eventual ciclo de cortes. Diferença de juros A queda da taxa americana, associada à manutenção da brasileira, resultou na ampliação do “diferencial de juros” entre as duas economias. Para os analistas, essa discrepância entre os juros torna o mercado nacional especialmente atrativo para a entrada de dólares. No jargão, ela estimula, no jargão, o carry trade – a estratégia adotada por investidores que tomam dinheiro emprestado em um país com juros baixos e o aplicam em outro país com taxas mais altas. Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a queda do dólar foi sustentada pelo “tom mais duro do Copom”. “Ele reforçou a expectativa da Selic a 15% até março e elevou a atratividade do carry trade“, diz. “Na sessão, o real se beneficiou da combinação de juros elevados e dólar global mais fraco, sendo protagonista entre as moedas emergentes nesta quinta-feira.” A moeda americana também recuou em relação a outros mercados importantes. O índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), anotava queda de 0,33%, às 16h55.
Por: Metrópoles

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