Os gastos recorrentes com funcionários públicos da União totalizaram R$ 184 bilhões no 1º semestre de 2025, durante a Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A alta real –descontada a inflação– é de 1,1% ante o mesmo período em 2024.
O custo é o maior desde os 6 primeiros meses de 2021: R$ 193,3 bilhões. Esses valores excluem o pagamento de precatórios e sentenças judiciais movidas pelo funcionalismo.
O recorde de gastos se deu em 2019, com R$ 203,3 bilhões. Os dados são do Tesouro Nacional e estão disponíveis no relatório do resultado primário de junho de 2025.
Leia a trajetória para o 1º semestre desde 1997, ano de início da série histórica:
A despesa sobe para R$ 185,3 bilhões de janeiro a junho deste ano, quando se considera o pagamento de precatórios –dívidas contra as quais o Executivo não pode mais recorrer. O aumento é de 0,7% em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 184,1 bilhões).
Há 573,5 mil pessoas trabalhando para a União em junho de 2025. O número representa quase estabilidade em relação ao mesmo mês em 2024 –agora, só há 495 a mais.
O levantamento foi feito a partir do Painel Estatístico de Pessoal, do governo federal. Eis a quantidade de funcionários públicos federais na ativa nos meses de junho desde 2018, conforme dados disponíveis:
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, já se pronunciou diversas vezes contra a PEC da reforma administrativa. Na sua visão, o texto quer “punir servidores”.
No seu ministério, usa-se a expressão “transformação do Estado”. O secretário da área, Francisco Gaetani, já declarou em entrevista ao Poder360 que o foco dado aos custos “não faz justiça à realidade” e que o governo trabalha por uma “recomposição da força de trabalho”.
O governo Lula tem apostado em concursos públicos como forma de recompor profissionais que deixaram o serviço público.
O Poder360 procurou por e-mail os ministérios da Fazenda e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para obter um posicionamento sobre o aumento dos gastos no 1º semestre de 2025.
Em nota, a Fazenda disse que o “Tesouro Nacional faz a apuração e consolidação das estatísticas, mas explicações sobre as variáveis que impactam o comportamento das despesas devem ser solicitadas aos órgãos setoriais responsáveis”.
Não houve resposta do Ministério da Gestão e Inovação até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
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