Deputados federais não veem como provável a aprovação de processos de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) nos próximos anos, segundo levantamento da Genial/Quaest divulgado na 4ª feira (02.jul.2025). A pesquisa ouviu 203 congressistas, o que representa 40% da composição total da Câmara. Eis a íntegra (PDF – 18MB).
O estudo mostra que 65% dos deputados entrevistados não acreditam que o Congresso aprovará a destituição de magistrados da STF. Em contrapartida, 22% consideram possível que algum ministro do STF seja afastado do cargo. Os demais 13% não souberam responder ou preferiram não se manifestar sobre o assunto.
As entrevistas foram realizadas entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, de forma presencial e on-line, em Brasília, onde funcionam o Congresso Nacional e o STF. A margem de erro do levantamento é de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os deputados responderam especificamente à pergunta sobre suas expectativas quanto à possibilidade de o Congresso aprovar o impeachment de algum ministro do STF nos próximos anos.
O estudo não detalhou a distribuição das respostas por partidos políticos ou blocos, nem apresentou as justificativas dos deputados para suas opiniões.
De acordo com o levantamento, o julgamento de ministros do STF por suposto crime de responsabilidade é atribuição do Senado Federal, não passando pela Câmara dos Deputados. Qualquer cidadão pode apresentar pedido de impeachment contra magistrados da Corte, sem necessidade de ser parlamentar.
A pesquisa Genial/Quaest não registrou declarações específicas dos deputados entrevistados sobre o tema.
A gestão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é avaliada positivamente por 68% dos deputados, segundo a mesma pesquisa. Estudo mostra que 25% dos deputados consideram a administração de Motta regular, enquanto 6% a avaliam negativamente. Apenas 1% dos entrevistados não soube ou preferiu não responder.
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais e on-line, com margem de erro estimada em 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
O levantamento também analisou a percepção dos congressistas conforme seu posicionamento em relação ao governo federal, revelando variações significativas entre os diferentes grupos.
Entre os deputados que se declaram independentes, a aprovação de Hugo Motta alcança seu maior índice: 82% avaliam sua gestão positivamente, 12% a consideram regular e 6% a classificam como negativa. Neste grupo, todos os entrevistados responderam à pesquisa.
Os governistas também demonstram alta aprovação do trabalho de Motta. Dos deputados alinhados ao governo, 77% têm avaliação positiva da gestão, 20% a consideram regular e apenas 2% a veem negativamente. Neste segmento, 1% não soube ou não quis responder.
Já entre os deputados de oposição, os números são mais divididos. A avaliação positiva cai para 47%, enquanto 42% consideram a administração de Motta regular. A avaliação negativa neste grupo chega a 9%, e 2% não souberam ou não responderam.
Em números absolutos, dos 203 deputados entrevistados pela Quaest, 138 avaliam positivamente a gestão de Hugo Motta, 51 a consideram regular, 12 a veem como negativa e 2 não souberam ou não quiseram responder.