• Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Decisão de Trump amplia exportações com tarifa zero, diz Alckmin

Fatia de produtos que entram no mercado norte-americano sem tarifas aumentou de 23% para 26%.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (15.nov.2025) que a ordem executiva dada na véspera pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), aumentou de 23% para 26% a fatia das exportações brasileiras que entram no mercado norte-americano sem pagar tarifa.

Segundo o vice-presidente brasileiro, a mudança representa “um passo importante”, mas ainda deixa setores relevantes expostos a tributos considerados altos. Alckmin falou a jornalistas no Palácio do Planalto.

“Passamos de 23% para 26%. Isso significa que US$ 9,7 bilhões das exportações brasileiras deixam de pagar tarifa”, disse. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40 bilhões para os EUA –3º principal destino da pauta brasileira, atrás de China e União Europeia.

Apesar do avanço, Alckmin reconheceu que permanece um grupo significativo de produtos com barreiras relevantes. “Sobraram 33% da pauta que continuam enfrentando tarifas de 40% a 50%. Esse é o problema, e esse será o foco do trabalho daqui para frente.”

Setores como café, que ainda paga 40%, e produtos historicamente sensíveis no mercado americano –como etanol e outros itens de maior valor agregado– continuam à espera de reduções que melhorem a competitividade do Brasil.

A medida anunciada pelo governo Trump reduziu em 10 pontos percentuais tarifas aplicadas a uma série de produtos brasileiros. Entre os itens beneficiados estão:

O vice-presidente destacou que a redução não corrige todas as distorções e que países concorrentes avançaram mais rapidamente em algumas frentes. “No caso do Vietnã, por exemplo, a tarifa do café caiu de 20% para zero. É uma vantagem competitiva grande”, afirmou.

Segundo o vice-presidente:

É nesse grupo que se encontram produtos com forte peso econômico e simbólico — como café, etanol, itens agroindustriais e manufaturados — e onde o Brasil pretende concentrar esforços.

Por: Poder360

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