• Segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Crise: Endividamento, custos altos e queda de preços ligam alerta máximo no agronegócio

Ajuste pós-anos de bonança revela margens apertadas e inadimplência crescente. No Norte de Goiás, Sindicato Rural de Porangatu cobra ações urgentes diante de falhas no Plano Safra e logística precária.

Ajuste pós-anos de bonança revela margens apertadas e inadimplência crescente. No Norte de Goiás, Sindicato Rural de Porangatu cobra ações urgentes diante de falhas no Plano Safra e logística precária. O agronegócio brasileiro, motor da economia nacional, enfrenta um período de ajuste severo após um ciclo de expansão e rentabilidade elevada. A “tempestade perfeita” — formada pela combinação de custos de produção ainda altos, queda acentuada nos preços das commodities e aumento do endividamento — começa a elevar os índices de inadimplência no campo, gerando forte preocupação em toda a cadeia financeira, de fornecedores de insumos a grandes bancos. O cenário de “vacas magras” é um reflexo direto do fim do superciclo das commodities. Segundo Eric Emiliano, sócio da L.E.K. Consulting, a fase de margens largas deu lugar a uma realidade de caixa pressionado.
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    “O agronegócio teve anos muito bons, especialmente nas culturas de soja e milho, mas já vem há duas ou três safras com margens mais curtas. Os custos subiram, os preços das commodities caíram e isso pressiona o caixa do produtor”, explica Emiliano. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Essa pressão sobre a capacidade de pagamento, analisada em nível nacional pela consultoria, já se materializa em crises regionais agudas, exigindo mobilização dos representantes do setor. Norte de Goiás: O Retrato da Crise Um exemplo claro dessa conjuntura desafiadora vem do Norte de Goiás. Em nota oficial, o Sindicato Rural de Porangatu manifestou sua “profunda preocupação” com o cenário enfrentado pelos agropecuaristas da região. O sindicato detalha que os problemas locais vão além da questão mercadológica. A entidade cita o “crescente endividamento dos produtores”, a “ausência de recursos efetivos do Plano Safra” e a “irregularidade das chuvas” como fatores críticos que têm imposto sérias dificuldades ao campo. A situação é agravada pela instabilidade nos preços da arroba do boi e pela média baixa da saca de soja na região. Segundo o sindicato, o Norte de Goiás “está em patamar inferior e sofre penalidades de transporte/logística”, o que corrói ainda mais a rentabilidade que já está espremida pelos custos. Sindicato cobra ações e busca soluções Diante da gravidade da situação, o Sindicato Rural de Porangatu anunciou que não está inerte. A entidade já solicitou um “estudo técnico sobre o impacto climático na produção agrícola e pecuária da região”, que servirá para subsidiar pedidos de apoio emergencial. Paralelamente, a diretoria informou que está “em busca de novas fontes de recursos bancários, com condições diferenciadas”, visando facilitar o acesso ao crédito rural neste momento crítico, quando o Plano Safra se mostra insuficiente. A pressão política também foi intensificada. O sindicato afirma que mantém diálogo com representantes estaduais e federais, cobrando “ações urgentes para minimizar os efeitos do endividamento, garantir linhas de renegociação e ampliar o apoio institucional ao produtor rural”. A nota é concluída com uma mensagem de comprometimento:
    “Reafirmamos nosso compromisso com os produtores do norte de Goiás e seguimos firmes na defesa do setor, buscando soluções reais para garantir a continuidade e a dignidade da atividade rural em nossa região.” Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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