O grupo , nascido no tradicional , é reconhecido em todo o Distrito Federal — especialmente em um dos espaços mais simbólicos do país: o Palácio do Planalto. Com apresentações semanais e um público cada vez mais diverso na capital, a banda tem marcado presença constante em eventos ao lado do presidente Lula (PT) e de autoridades do alto escalão do governo.
Entre as cerimônias que contaram com a participação do grupo estão a Cúpula Brasil-Caribe e a abertura do 11º BRICS, ambas realizadas no Itamaraty em junho; o Encontro dos Presidentes dos Tribunais Superiores da América Latina, em maio; a cerimônia de lançamento dos projetos de restauração do Palácio da Justiça e do Centro de Memória do Ministério da Justiça, em agosto de 2024; além da confraternização com servidores do Palácio do Planalto, em dezembro de 2023.
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Formado por grandes nomes da música brasiliense como , Henrique Neto, George Costa, Marcio Marinho e Valério Xavier, o Choro Livre nasceu nos anos 1980 com a missão de levar o chorinho, gênero muito popular, a princípio no Rio de Janeiro, a todos os cantos de Brasília.
A presença frequente do grupo em eventos do governo federal se deve, em parte, à força simbólica do choro como expressão da cultura brasileira — e ao empenho de Reco do Bandolim, fundador do conjunto, em transformar o gênero em patrimônio da humanidade.
Em entrevista ao Metrópoles, Reco falou sobre o prestígio de estar em eventos no Planalto e também do objetivo do grupo na valorização do choro no Brasil.
Segundo ele, a ligação entre o gênero e Brasília é antiga. “O Choro Livre está inteiramente identificado com a cena musical brasiliense. Esse movimento começa ainda na época de Juscelino Kubitschek, que costumava trazer com ele o violonista Dilermando Reis, autor de sucessos como Dois Destinos e Xodó da Baiana”, afirmou.

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1 de 6 Grupo Choro Livre e presidente Lula (PT) Reprodução
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2 de 6 Grupo Choro Livre Reprodução
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3 de 6 Grupo Choro Livre com a ministra da Cultura, Margareth Menezes Reprodução
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4 de 6 Grupo Choro Livre no Brics Reprodução
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5 de 6 O grupo é formado por Reco do Bandolim, Henrique Neto, George Costa, Marcio Marinho e Valério Xavier Reprodução
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6 de 6 Choro Livre e o vice-presidente Geraldo Alckmin Reprodução
A trajetória de mais de cinco décadas também explica a projeção e reconhecimento do grupo. “Já tivemos pelo menos quatro formações diferentes. Hoje, com exceção de mim, os integrantes são todos muito jovens, professores da nossa escola de choro. Isso dá uma vitalidade essencial ao gênero”, disse Reco.
A relação com os eventos no Palácio do Planalto, segundo Reco do Bandolim, é institucional e apartidária. “A cultura deve interessar a todos. Tocamos, por exemplo, em Dubai a convite do governo anterior. Nossa relação com o poder público é profissional. Desde o governo FHC é comum a participação de grupos brasileiros nesses eventos”, destacou.
O cuidado com o repertório também é parte do trabalho justamente para mostrar o melhor do Brasil em eventos oficiais.
“Os estrangeiros que vêm ao Brasil querem ouvir música brasileira. Procuramos sempre incluir composições que enalteçam o Brasil e o povo brasileiro, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e Coisas Nossas, de . Nosso grupo é sempre muito bem recebido. A música talvez seja o melhor produto de exportação que temos”, afirmou.
Sobre as contratações, Reco detalhou que a maioria delas é feita por empresas de produção de eventos, muitas vezes de fora do DF, mas não tem a ver com a presidência ou qualquer chamada pública, por exemplo. O músico também nega o título de “grupo preferido do Planalto”.
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“Muitas dessas empresas fazem uma pesquisa de mercado entre os grupos musicais da cidade e chegam ao nosso nome. Nunca soube que fôssemos o grupo preferido da presidência. Se fosse, eu ficaria muito honrado”.
Para Reco, o momento é de valorização da cultura nacional. “O governo do presidente Lula dá sinais muito claros de interesse e zelo pela manutenção e fortalecimento da cultura brasileira. É bom lembrar que o setor cultural é um dos que mais geram riqueza no mundo”, concluiu.