O Ministério da Saúde do Irã registrou ao menos 430 mortos e 3.500 feridos no país desde o início do conflito com Israel. A informação foi divulgada pela agência estatal iraniana Nour News neste sábado (21.jun.2025).
A guerra começou em 13 de junho, quando Israel bombardeou instalações nucleares, bases militares e alvos estratégicos iranianos.
Os bombardeios atingiram diversos pontos do programa nuclear iraniano, incluindo instalações em Natanz, oficinas de centrífugas próximas a Teerã, laboratórios em Isfahan e o reator de água pesada de Arak.
Em resposta, o Irã lançou 450 mísseis e 1.000 drones contra Israel, segundo estimativas do Exército israelense. A maioria dos projéteis foi interceptada pelo sistema de defesa aérea israelense.
Mesmo assim, até agora, 24 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em território israelense, conforme as autoridades locais.
Ainda neste sábado, Israel Katz, ministro da Defesa de Israel anunciou a morte de Saeed Izadi, comandante do Corpo da Palestina da Força Quds iraniana, em um apartamento na cidade de Qom. De acordo com Katz, o comandante teria financiado e armado o Hamas antes do ataque que provocou a guerra em Gaza, em 2023
As tensões entre os 2 países aumentaram depois que o Irã suspendeu as negociações com os Estados Unidos sobre um acordo nuclear. O presidente Donald Trump ameaçou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, exigindo “rendição incondicional”. Nesta 5ª feira (19.jun), a Casa Branca anunciou que o repulicano deve decidir se os EUA irão atacar o Irã nas próximas 2 semanas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou sobre os riscos de uma possível intervenção americana no conflito. “Seria muito, muito perigoso para todos”, disse a jornalistas em Istambul neste sábado (21.jun), de acordo com a Associated Press. Sobre a possibilidade de envolvimento militar dos EUA, Araghchi afirmou que “seria muito lamentável”.
Araghchi estava retornando de Genebra, onde se reuniu com diplomatas europeus para tratar do conflito. As conversas não produziram avanços diplomáticos. O ministro iraniano indicou que Teerã não tem interesse em negociar com os EUA enquanto Israel continuar seus ataques.