Inelegível por ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu neste sábado (21.jun.2025) que ainda é o nome do Partido Liberal para a disputa presidencial de 2026. “Por enquanto, no PL, sou eu”, disse. Também voltou a dizer que as próximas eleições, se forem realizadas “sem Jair Bolsonaro, é uma negação à democracia”.
Bolsonaro disse que foi incumbido por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, de articular o lançamento de candidaturas ao Senado. Segundo ele, a formação de uma bancada forte na Casa Alta é a prioridade para “reequilibrar os Poderes” e para que se possa “falar em democracia de verdade”.
Os senadores têm entre suas atribuições abrir processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente e seus apoiadores são críticos recorrentes da mais alta corte do país, que está julgando o político sob acusação de tentar dar um golpe de Estado no Brasil depois de perder a disputa de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro disse que 8 de Janeiro –quando seus apoiadores invadiram os prédios dos Três Poderes– “não foi golpe” e que não há provas concretas contra ele. Citou declarações de autoridades que também não classificaram a invasão como tentativa de ruptura institucional –entre elas o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney.
O ex-presidente conversou com a imprensa neste sábado (21.jun) depois de realizar exames no hospital DF Star, em Brasília. Segundo o médico Cláudio Birolini, os testes mostraram que Bolsonaro tem pneumonia viral. Na véspera, ele havia cancelado um evento em Goiás por causa do mal-estar.