• Quarta-feira, 12 de março de 2025

Como economizar na hora das compras do mês? Veja dicas de economistas

No ano passado, o preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024. Esse aumento está já está bem visível nas prateleiras dos mercados

As famílias brasileiras estão cada vez mais atentas à , que desde meados do ano passado vem crescendo. O avanço da dos alimentos segue refletido nas prateleiras dos mercados. Sabendo disso, o Metrópoles conversou com economistas para descobrir as melhores dicas para economizar no momento de fazer as compras do mês. Confira como a inflação dos alimentos subiu e como contornar os preços altos. Alimentos mais caros O governo federal está estudando medidas para baratear o preço dos alimentos, que afeta intensamente o bolso do brasileiro mais pobre. O destaque vai para as carnes e o café. O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que . O grupo Alimentação e Bebidas avançou 7,69% no ano passado. No ano passado, as maiores variações de preços foram das carnes (20,84%) e do café moído (39,60%). Em 2024, a inflação de alimentos no domicílio (o que compramos nos supermercados) foi de 8,22%. O Palácio do Planalto descartou o tabelamento de preços para forçar a queda nos valores dos alimentos. Para, Robson Pereira, professor de economia da Faculdade ESEG, do Grupo Etapa, os seguintes fatores contribuíram para a alta dos preços dos alimentos: eventos climáticos (El Niño, seca e enchentes), o ciclo do boi, a depreciação cambial (que pode tornar os produtos importados mais caros) e uma forte demanda do mercado. Questionado sobre um eventual recuo dos preços das comidas, Pereira avalia que o “mais provável é que tenhamos uma desaceleração no ritmo de crescimento dos preços de alimentos em 2025”. Mas, segundo ele, “choques podem ocorrer” e “a depreciação da moeda ainda é um fator de risco relevante”. O técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac/), Claudio Hamilton, ressalta que todas as evidências que temos nesse momento sugerem uma queda no preço dos alimentos. Para Hamilton, a demanda mundial, o possível recuo do e a supersafra esperada para este ano devem interferir no processo de barateamento dos preços. Ele ressalta que a alta dos alimentos é um fenômeno global. “Uma coisa boa da inflação dos alimentos é que os alimentos todos não crescem ao mesmo tempo”. O técnico do Ipea ressalta que o aumento dos preços das comidas “afeta diretamente o bem-estar das populações mais fragilizadas”. Veja dicas de economistas para que alimentos não pesem no bolso Fazer pesquisas de preços. Se for o caso, buscar marcas mais baratas e substitutos próximos. Visitar supermercados, sacolões, feiras e etc. Conferir as frutas e as verduras da estação. Verificar os alimentos que caíram e não tiveram grandes oscilações nos preços. Ter flexibilidade para variar o cardápio. Evitar comer fora com frequência. Adotar a prática de fazer marmitas ou comer em casa. Alternativas das famílias brasileiras Ao Metrópoles, a servidora pública Juliana Paula Queiroz, de 37 anos, relatou como faz para economizar com alimentos. Segundo ela, o primeiro passo é ir ao mercado com uma tradicional lista de compras. Esse método é muito usado pelos brasileiros, mas a diferença é que Queiroz não pega os produtos imediatamente. Antes de colocar a mercadoria no carrinho de compras, a servidora confere os preços em lojas virtuais. Ela diz que um dos benefícios de comprar nessas plataformas é o frete grátis. “Às vezes tem semana que eu recebo uma encomenda: é papel higiênico, extrato de tomate, amaciante, sabão líquido. O jeito que tenho de economizar é esse”, relata a servidora. Quando não olha os preços na internet, a servidora verifica do jeito tradicional: indo de mercado em mercado. Dessa forma, ela faz uma análise dos preços e escolhe onde será mais vantajoso comprar cada produto. Outra medida adotada pela família Queiroz é fazer comida em casa para evitar o desperdício e gastar comendo fora de casa. De acordo com ela, eles preparam marmitas e armazenam as porções para cada dia da semana no freezer.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: