• Sábado, 7 de junho de 2025

Como a Inteligência Artificial está transformando a medicina veterinária equina

A tendência é que a inteligência artificial se torne cada vez mais presente nos centros de atendimento de medicina veterinária equina, não apenas em clínicas especializadas, mas também no campo, durante competições e nas fazendas

A tendência é que a inteligência artificial se torne cada vez mais presente nos centros de atendimento de medicina veterinária equina, não apenas em clínicas especializadas, mas também no campo, durante competições e nas fazendas A pelagem longa e encaracolada pode até chamar atenção nos cavalos, mas por trás da beleza desses animais está um universo complexo de cuidados, diagnósticos e tratamentos que evolui a cada ano. No centro dessa transformação está a inteligência artificial (IA), que vem se consolidando como uma aliada fundamental da medicina veterinária equina, especialmente no que diz respeito à detecção precoce e ao manejo da dor.
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    Uma nova era para o bem-estar animal e na medicina veterinária equina Por muitos anos, identificar sinais de dor em cavalos dependia quase exclusivamente da sensibilidade e da experiência dos veterinários. Expressões faciais, movimentos sutis e alterações de comportamento precisavam ser interpretados com precisão – uma tarefa nem sempre fácil, considerando que o cavalo é uma espécie com instinto de ocultar sinais de fraqueza. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Foi nesse contexto que surgiu uma ferramenta promissora: o reconhecimento automatizado da dor, conhecido pela sigla APR (Automated Pain Recognition).Utilizando câmeras de alta definição, algoritmos de aprendizado de máquina e visão computacional, o APR analisa uma ampla gama de indicadores. Em vez de se limitar às feições do animal, esse sistema monitora a postura corporal, a movimentação, os sons emitidos e até parâmetros fisiológicos, como frequência cardíaca e respiratória. O resultado é uma avaliação muito mais precisa, contínua e livre da subjetividade humana. Diagnósticos mais rápidos e eficientes Essa tecnologia tem se mostrado especialmente útil no diagnóstico de enfermidades comuns, mas potencialmente graves, como úlceras gástricas, cólicas, laminite e osteoartrite. Com a IA, torna-se possível detectar sintomas em estágios iniciais, mesmo antes de sinais evidentes surgirem para o olho humano. Isso permite uma intervenção mais rápida, aumentando as chances de recuperação e reduzindo o sofrimento do animal. Além disso, a automação desses processos contribui para uma padronização na avaliação clínica, o que é essencial em grandes criatórios, centros de treinamento ou haras, onde dezenas ou até centenas de cavalos são monitorados simultaneamente. IA também detecta problemas de locomoção com alta precisão Outra aplicação significativa da inteligência artificial está no monitoramento da locomoção dos equinos. Pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema que utiliza sensores de unidades de medida inercial (IMUs) associados a redes neurais convolucionais. O objetivo é detectar irregularidades na marcha do cavalo — algo que, quando identificado tardiamente, pode resultar em lesões sérias. Nos testes realizados, essa abordagem atingiu uma taxa de precisão impressionante: cerca de 90% em condições reais de uso. Isso significa que é possível identificar claudicação e outros distúrbios motores logo nos primeiros sinais, ajudando treinadores e veterinários a adaptar os cuidados e evitar o agravamento das lesões. Desafios técnicos e o papel do especialista Apesar do potencial revolucionário, o uso da IA na medicina equina ainda enfrenta alguns entraves. Um dos principais é a necessidade de dados de altíssima qualidade para treinar os algoritmos. As variações fisiológicas entre os cavalos, o ambiente em que vivem e até o tipo de manejo aplicado podem influenciar os resultados. Além disso, a interpretação das análises geradas pelas máquinas requer um conhecimento técnico específico. O veterinário não pode ser apenas um clínico — precisa também entender os fundamentos da tecnologia para tomar decisões seguras com base nos relatórios da IA. Por isso, a integração entre ciência veterinária e inovação tecnológica está se tornando uma competência-chave no cuidado com os equinos. Um futuro promissor para cavalos e profissionais A tendência é que a inteligência artificial se torne cada vez mais presente nos centros de atendimento veterinário, não apenas em clínicas especializadas, mas também no campo, durante competições e nas fazendas. Com a incorporação dessas tecnologias, o atendimento será mais rápido, os tratamentos mais personalizados e os resultados muito mais satisfatórios. Acima de tudo, a IA representa um avanço significativo na promoção do bem-estar animal. Ao oferecer diagnósticos mais objetivos e precoces, ela permite que os cavalos tenham uma vida mais saudável, ativa e com menos dor — uma conquista que beneficia não só os animais, mas também todos os profissionais e apaixonados pelo universo equino. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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