O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), parte na 3ª feira (27.ago.2025) para uma viagem oficial ao México. O objetivo da comitiva é fortalecer a corrente de comércio bilateral, que alcançou o montante de US$ 13,6 bilhões no ano passado.
A meta, segundo Alckmin, é ampliar o intercâmbio e intensificar as trocas comerciais, que atualmente têm exportações brasileiras de US$ 7,8 bilhões e importações de US$ 5,8 bilhões.
Alckmin afirmou a jornalistas no sábado (23.ago) que o foco da viagem é a expansão de parcerias em setores estratégicos como biocombustíveis, energia, combustível de aviação sustentável, equipamentos médicos e agroindústria.
A pauta inclui ainda a facilitação de trâmites burocráticos, com a possibilidade de adoção de visto eletrônico, uma medida que visa a acelerar a entrada de cidadãos em ambos os países.
“Nós podemos fazer crescer essa corrente de comércio. Então, biocombustível, energia, combustível de aviação, aparelhos médicos, toda a parte complexa de saúde, agroindústria e visto eletrônico”, disse.
Alckmin deu as declarações em entrevista em São Paulo depois de visitar a concessionária Brasilwagen, para acompanhar as vendas de veículos do programa Carro Sustentável –que reduz as alíquotas de imposto dos carros mais leves e econômicos, movidos a energia limpa.
A viagem diplomática e empresarial é realizada enquanto há um tarifaço imposto pelo governo norte-americano, que afeta tanto o Brasil quanto o México, 6º maior mercado para as exportações brasileiras.
O México importa R$ 23 bilhões em produtos brasileiros, e tornou-se o 2º principal comprador de carne bovina nacional depois das novas tarifas.
O setor automotivo mexicano, 7º maior parque industrial do mundo, é considerado uma cadeia importante para os negócios do Brasil, de acordo com o vice-presidente.
Alckmin se encontrará com a presidente do país, Claudia Sheinbaum (Movimento Regeneração Nacional).
A visita foi acertada em uma ligação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a líder mexicana no mês passado, quando ambos destacaram a indústria farmacêutica, agropecuária, de etanol e biodiesel como áreas estratégicas para a relação bilateral.
Em um movimento para evitar que a ausência seja vista como uma afronta pelo governo de Washington, a agenda de Alckmin pode ser estendida para incluir uma missão diplomática aos Estados Unidos. Isso chegou a ser aventado no início de agosto, quando a viagem ao México foi oficializada, mas não foi confirmado.